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Rir e Comer Bolachas

Do Mal

Eu sei que não é solução, sei que é deixar o terror ganhar, sei que é dominarmo-nos pelo medo, sei tudo isso, mas o que sei não é o que sinto. Sinto vontade de agarrar o meu filho e apertá-lo, muito, contra o meu peito e deixá-lo ali, seguro. Sem ir a concertos, sem viajar, sem passear, sem conhecer pessoas novas e diferentes. Não é o que farei, mas é a vontade que tenho.

Até saber viver sem medo, vou focar-me nas pessoas que sobreviveram, naqueles que prestaram auxilio, nos heróis anónimos.

Dos nossos dias

Fui ao teatro no sábado à noite, mostrei o bilhete e entrei. Não havia segurança, como é natural, e fecharam-se as portas antes do espetáculo começar. Calculo que no Bataclan tenha sido assim também. Um teatro normal, com pessoas normais, na vida de todos os dias e cabum! Foi-se tudo.

Era muito mais confortável pensar que isto só acontece longe da nossa porta, dos nossos filhos.