O meu metro e meio de altura é muito mais inteligente que a minha capacidade de decisão. Tenho anos de conhecimento, de vivência, mas nunca sei quando parar... Felizmente, o meu corpo sabe, e fá-lo em grande estilo - simplesmente pára, não totalmente que não morri, adormeço. Completa e profundamente. Aconteceu ontem às 10 da noite. E era uma noite tão boa para aproveitar a destralhar.
Se eu nada acrescentasse, vocês pensariam que trabalho que me farto, até à exaustão, nunca tenho tempo para o que quero fazer, passo os dias a correr e esgoto-me porque não sei parar antes. E estaria quase certo, não fosse acontecer isto tudo MAS tenho roupa para passar a ferro ( não são 4 ou 5 peças, é uma pilha!), roupa para arrumar, lençóis para mudar, etc. Errrr... Canso-me a fazer o quê, então? Pois, não sei. Sei, pronto. Passo horas (horas!!!) a vegetar em frente à televisão ou ao computador (o raio da Internet é um mundo fantástico, há coisas incríveis, gente que escreve maravilhosamente, ideias giras, fotos fantásticas, informação a rodos...). Passo horas a elaborar esquemas de organização, a ver fotos de móveis arrumadinhos, a ler sobre minimalismo, a aprender a não procrastinar (ahahahahahah) e a verdade, verdadinha é que isto cansa. Cansa e mata tempo.
Tenho a teoria toda, eu diria que tenho demasiada teoria, e prática? Pois, está caroço! Vem a lenga-lenga do costume, é que há vida, literalmente, para além da casa, não é? Uma criança para educar, trabalhos de casa para ver, um marido a querer conversar, entretanto olho para as unhas e vejo a besunguice a que isto chegou, e sexo? Então e sexo, que é uma coisa tão importante para o casal e até faz bem à pele, e ao humor?
Moral da história:
- não tenho falta de tempo, tenho tempo a mais. Tenho tanto tempo que só faço parvoíces com ele.
- tenho (temos todos) roupa a mais, só assim se justifica tanta roupa para passar (tenho 5 gavetas na cozinha, 3 delas têm panos de cozinha e agora pergunto, para quê?)
- se tenho roupa a mais, gasto mais luz, mais detergente, mais água, mais espaço, mais móveis