Ainda não comprei a prenda do meu filho
Temo que a proteção de menores entre pela casa dentro.
O que é que uma pessoa compra a um puto de 13 anos??? Parece fácil mas ainda não consegui lembrar-me de nada... Há sugestões por aí?
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Temo que a proteção de menores entre pela casa dentro.
O que é que uma pessoa compra a um puto de 13 anos??? Parece fácil mas ainda não consegui lembrar-me de nada... Há sugestões por aí?
Há 13 anos atrás entrei na maior aventura da minha vida. Naquela que faz tudo valer a pena e, ao mesmo tempo, deixa-me os cabelos brancos de preocupação.
É curioso, se às vezes nem me lembro de como era a vida sem o meu filho (porque parece que o tenho desde sempre), outras vezes tenho a sensação de que foi ontem, e que ainda não me habituei a isto de ser responsável por uma pessoa que não eu.
Há 13 anos que não faço a menor ideia do que ando a fazer, se está certo ou errado, se tomo as melhores decisões ou as mais estapafúrdias, mas com uma enorme esperança de estar a construir uma pessoa feliz, saudável e de bom carácter.
Há semanas andava a pedir férias da escola e agora o que eu queria mesmo é que ele tivesse um horário para cumprir e um lugar certo para ficar. Tenho a sensação que a minha vida é uma montanha russa, ora está em cima, ora está em baixo e, assim que me habituo à velocidade, vem mais uma reviravolta para me lixar a rotina toda.
Estava eu convencida que passava as férias do miúdo a dividir o tempo pelas avós e o que é que acontece? O meu pai tem um AVC e fica completamente dependente da minha mãe, que por sua vez, tem mais do que fazer do que ficar com o neto. Não que ele precise de muitos cuidados, não precisa, está um homenzinho (em tamanho) mas há sempre preocupações com almoço, jantar, etc. e, enquanto não houver uma rotina estabelecida para o meu pai e os seus cuidados, prefiro não sobrecarregar. Já que pouco posso ajudar, ao menos que não ajude a piorar. Temos sempre a outra avó, do lado do pai, que adora ficar com o neto mas que tenho tendência a evitar porque a senhora recebe uma reforma miserável e a vida custa a todos. Custa-me deixá-lo lá porque ela faz comida para 5 ou 6 (não vá dar-lhe a fome de leão) e isso custa dinheiro. Claro que podia dar-se o caso de eu levar comida feita mas não posso, a senhora leva a mal "porque enquanto puder, há-de chegar".
Ora porra para isto! Vão ser 3 meses assim. Menos os dias que vai estar comigo e depois com o pai, mas que não hão-de ser assim tantos... Cada vez que ouço falar na baixa natalidade, até se me vira o estômago. Vá-se lá perceber porque motivo os casais não têm mais, não é? Cenas... Por causa de cenas.
Deixei o meu filho sozinho em casa e vim trabalhar. Calma, não chamem já assistentes sociais porque eu vou contextualizar a coisa, sim? Ele tem 11 anos e é uma criança inteligente; a minha casa está a poucos kms do trabalho; vou almoçar com ele; tem telefone e pode contactar-me, ou a outra pessoa, sempre que quiser.
O meu lado coruja teve vontade de o trazer comigo (já não seria a primeira vez) mas o meu lado sensato falou mais alto, aliás, argumentou mais alto, que ontem foi uma noite de debate entre mim e mim.
Eu sou uma mãe atrofiada. Sou mesmo, desde que ele nasceu. Sempre achei que aquela facilidade extrema que as mães adquirem no nascimento não me tinha calhado - nada veio com naturalidade, tenho dúvidas desde sempre e nunca tenho a certeza absoluta de estar a fazer bem, porque esta coisa de ser mãe ou pai é muita responsabilidade. E o pior é que, se houver consequências nefastas, quem as sente não somos nós, são os filhos! Não há lugar a rascunhos, estamos a desenhar o definitivo, a vincar bem o lápis no papel e não há borracha que nos valha. Ou então não é assim e eu não percebi ainda.
Quando ele era bebé (de berço) eu morava no mesmo prédio da minha cunhada e, muitas vezes, ela ia despejar o lixo e passava na minha casa para dois dedos de conversa. Aquilo deixava-me sem ar porque sabia que ela tinha o filho em casa, a dormir, e podia acordar. Ela, que nunca foi atrofiada e está a ter um ótimo desempenho como mãe, estava sempre tranquila e deixava-se ficar. Numa aconteceu nenhuma tragédia, os meus sobrinhos são saudáveis e crianças impecáveis. E o meu lixo era despejado de manhã, ou quando o pai dele chegava. Sabem porquê? Não era o facto de ele acordar e choramingar que me preocupava, era o sair de casa. Deixá-lo sozinho. Podia ser raptada e ele ficaria sozinho. Podia ter um enfarte e ela ficaria sozinho (nunca me ocorreu ter um enfarte em casa..). Este exemplo (ah! sim, há vários) mostra como é ridículo (e perigoso para a confiança que lhe quero incutir) esta linha de pensamento. Eu ajo como se houvessem raptores, pedófilos, ladrões, assassinos, à porta da minha casa. Todos juntos e à espera que eu saia.
Não quero mais. Prefiro ensiná-lo como se deve defender de possíveis situações de perigo mas gostava que ele fosse uma criança confiante e segura, e não vai sê-lo se eu continuar a estar dentro da "bolha" que construí para ele. Esta noite dei-me conta que o meu filho nunca descascou uma maçã! Porque eu faço-lhe isso para ele não mexer em facas! Não pode ser. Estas férias vão ser de aprendizagem, minha e dele, e hoje foi o pontapé de saída.
Nota: São 10h46 e só mandei uma sms até agora (saí às 8h15).
Estão a ver aquela conversa de que os filhos, para os pais, são sempre crianças? Que nunca crescem, que não sabem nada da vida? Pois. É mesmo verdade. Nós dizemos que sim, que sabemos que crescem, que os conhecemos bem mas é mentira. Se dúvidas houvesse, na sexta-feira passada deixavam de haver. O meu filho, uma jóia de moço até há poucos meses, passou-se da mona e deixou um post numa rede social que me arrepiou até os pêlos dos pés. Tão mau, tão mau, que passei o fim de semana inteiro a tentar encontrar um ponto wifi para apagar aquilo da dita rede social. E o que dizer do perfil? Nem sei. Digamos que metia asneiras. Muitas. Das grandes (E eu não sou púdica, nem me choco com facilidade)
Suponho que tenha sido uma brincadeira, de muito mau gosto mas ainda assim, uma brincadeira. O que me assusta ainda mais porque ele não teve a noção do perigo, nem do impacto. Porque está crescido mas obviamente é uma criança, e como tal, nem se lembrou que tal coisas iria ser visto pela mãe, e por outras pessoas que não interessa nada chocar.
Ele tem onze anos. Onze anos apenas. E, enquanto os pais se preocupam com o peso das mochilas e com a qualidade das refeições na cantina da escola porque "são pequeninos", eles estão a crescer e a desbravar um novo mundo - o da sexualidade. E para isto eu não estava preparada, continuo a achar que é muito cedo.
E é mais difícil com rapazes ou sou só eu a ver assim? Parecem que estupidificam. Em conjunto, então, dá-me medo pensar naquela competição que fazem entre si, para ver quem é o mais atrevido, o mais destemido...
Felizmente para o moço, está de férias com o pai. Até à próxima sexta tenho tempo para digerir bem o assunto e pensar o que fazer.
Numa escala de 1 a 10, quão má mãe é uma mulher que não faz ideia de que prenda oferecer ao filho de (quase) 10 anos? Hmm? Acham que ainda há esperança para o meu caso?
Queria dar uma prenda gira, gira, mas que não fosse mais do mesmo, como jogos eletrónicos e afins... No Natal foi fácil, consegui oferecer o que ele queria e não nada disso; livros sei que vai receber porque sabem que ele gosta bastante e é logo do que se lembram (e comprei-lhe um esta semana); a tia/madrinha vai dar uma prenda muito fixe e não vou dar igual, não é? Portantos, não sei...
Alguém sabe onde se vende coisas do Jogo Angry Birds? Sweat-shirts, bonecos, qualquer coisa menos o jogo em si?? Ele adora o jogo (a quem sairá a criança?) e isso era uma rica ideia mas pesquisando na net só vejo em sites estrangeiros?