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Rir e Comer Bolachas

Dia 2 (desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/ )

Eu quero, a sério que quero, mas a vida troca-me as voltas e eu tenho que adaptar-me. Não limpei o escritório, não limpei o quarto do miúdo (está doente e adiei) mas dediquei-me à cozinha.

A ideia inicial foi agarrar num contador de cozinha e não largar a cozinha enquanto aquilo não tocasse mas, claro, não correu bem assim. Porque:

1) estava doente de sono - não tinha dormido na noite anterior

2) distraio-me durante as tarefas

Definitivamente não sou uma pessoa focada.

 

Comecei pela louça do jantar, lavei tudo e enxuguei logo para não ficar a ocupar espaço na bancada. O armário onde guardo a louça fica ao lado da mesa de refeição, na sala, e dirigi-me lá para arrumar. Pousei as coisas na mesa para distribuí-las pelos sítios e reparei que a toalha tinha migalhas. Sacudi a toalha, vi mais migalhas atrás da mesa, varri as migalhas. Quando varri, encontrei uma pilha que pertencia ao comando e resolvi logo a questão - deixá-la onde pertencia. E dobrei as mantas do sofá. Voltei à cozinha.

Limpei a bancada, o fogão e meti detergente nas portas dos armários (adoro sopa mas o raio da panela de pressão suja as portas com o vapor...) . Deixei atuar e limpei. Ficaram catitas. Resolvi experimentar o detergente nos azulejos da cozinha. Dez minutos e algumas asneiras depois vi que não tinha sido uma boa opção... Limpei tudo novamente com limpa-vidros e até me posso maquilhar lá.  Passei para o caixote do lixo. Pano húmido e detergente, nem demorou dois minutos. Passei para o móvel da tralha, só para o tampo (o resto ficará para outra altura) e limpei. Depois de limpo, olhei para as flores que estavam lá em cima. Aquilo já não eram plantas, só se estivessem mumificadas. Murchas e sem crescer, florir ou morrer de vez há meses. Temos pena. Já foste. Lixo com elas e vasos limpos. Mais vinte minutos nisto. Quando olhei para o relógio só queria dormir. Lavei o chão à pressa e fiz-me a vontade.

Faltaram as janelas e as gavetas de batatas e cebolas. Fica para sábado, durante a tarde.

Destralhar a casa - a sala

Depois da aventura de pintar uma parede é tempo de meter tudo no sítio, desta vez no sítio certo, conforme planeado. O destralhamento foi mais que visual senão eu iria deixar para o verão, depois para o natal, depois para o ano e chegaria o caos como é habitual. Decidi fazer aquilo que não aconselho mas funciona comigo - terapia de choque. É para fazer, que se faça já e de vez.

Há poucas fotos do antes porque não tive tempo, paciência e luz suficiente para tirar fotos com o telemóvel, do depois também nã mas acho que é possível perceber o mais importante.

Tirei TU-DO de todos os armários, e andei com os armários de um lado para o outro a ver onde gostava mais até perceber que, para fazer o mínimo de sentido, muitas coisas não iriam caber. No móvel maior tinha livros, molduras com fotos, cd's e dvd's; no mais pequeno tinha louça, talheres e resmas de pyrex de todos os tamanhos... A sério, se tivesse que alimentar centenas de pessoas sobravam-me tabuleiros! Pior, o que tinha a louça e afins estava por baixo da tv... Que sentido faz isto? Nenhum, longe da cozinha, longe da mesa? Mudou tudo para o móvel maior - um de cada (o resto meti dentro de sacos e dei) e trouxe a louça da cozinha (acabei por destralhar a cozinha também mas isso são outros 500):

Faz lembrar a casa da avozinha, com louceiro e tudo :)

 

No outro móvel, mais pequeno, ficaram todos os cds e dvds dentro das gavetas(finalmente no sítio certo), a playstation (que ficava ao lado da tv) ficou dentro do móvel, com comandos, jogos, e respetivos cabos. Em cima ficaram as molduras do Dinis e dos meus 4 sobrinhos e uma vela, o resto foi destralhado: ou dei ou foi para o lixo - em casa não tenho nada.

 

A mesa esteve entre o vai-não-vai para ser vendida/rifada/dada mas pensei melhor e deixei-a ficar. Estava lá a um canto sem ser vista mas agora está em lugar de destaque.

Ainda faltam os livros... Mas esses vão ter que esperar. As prateleiras deram lugar ao móvel grande e não cabem em lado nenhum (foram para a arrecadação à espera de melhores dias) e tenho que pensar melhor numa solução que seja prática e que goste mesmo. Ficam, por agora, no móvel da tv que ficou quase vazio.

 

Falta a mesa, os sofás, o resto da decoração, no entanto, acho que as fotos que cá estão servem o propósito (mostrar o destralhamento). O resto prefiro não mostrar, é a minha intimidade (e não apenas minha) e fica restrita a quem lá pertence.:)

 

Destralhar a casa - O Hall

É um tudo em um - hall, corredor e a única área de passagem para todas as divisões. Antes tinha aquele móvel que reciclei e foi para o quarto do Dinis, agora tem uma sapateira oferecida pela mãe querida + aquário com dois peixes (propriedade do Dinis).

Está destralhado e arrumado em condições, logo, seguem fotos sem antes e depois.

 

Por ser onde deposito o correio, leiam-se contas e mais contas, a primeira gaveta é onde guardo o que não é imediatamente guardado (esperemos que se mantenha assim pouco tempo e que arrume regularmente a papelada no sítio competente); tirei foto da porta que é a "minha" - os sapatos arrumados, limpos e alguns deitados por causa da altura do salto (sim, eu sou viciada em saltos altos)

E é isto. A pouco e pouco consigo os objetivos.{#emotions_dlg.bunny}

Pintura da parede - a continuação

Perdi a cabeça. Baixou em mim uma loucura súbita e foi um vê-se-te-avias!

Depois de escolhida a cor avancei para o tamanho das ditas, achei que 30 cms era a medida que ia gostar de ver e meti mãos à obra - rapidamente percebi que a parede é enorme, a luz insuficiente para marcações a lápis e 90+30 dá 120 e não 110! Felizmente, dei conta antes de pintar...

Isolar tudo é um pincel do piorio e a fita que comprei colava demasiado, tinha tendência para agarrar logo à superície e as rugas acontecem facilmente. Mais uma vez, a matemática a dar-me cabo da arte, uma pessoa baralha-se e às tantas não sabe se isola em cima ou baixo da marca... ou então sou só eu!

Agora a pintura propriamente dita, depois da primeira demão ocorreu-me comprar uma grande lata de tinta branca e esquecer tudo. Duas demãos depois e tive vontade de fazer riscas pela casa toda. Fa-bu-lo-so! Gosto tanto, tanto, que agora é que vai ser um verdadeiro inferno sair de casa.:)

 

Os problemas todos começaram a seguir. O destralhamento, inside out! Foi uma loucura.

 

Sou uma ovelha tresmalhada

No seguimento do desafio de Destralhar a casa em 7 dias e do post de ontem, cá estou para vos contar o que motivou o intervalo.

Há bastante tempo que ando descontente com a sala, acho-a bonita e tudo mas não é funcional, não é prática. Por ser uma área maior que qualquer outra divisão e porque recebemos na sala de jantar as pessoas mais importantes - nós, as refeições fazem-se lá; o espaço está delimitado por um sofá mas são raros os dias que alguma coisa não anda para a frente e para trás ou para os lados para que consigamos passar ou caber.

Tinha/tenho alguns problemas que quero resolver e tornou-se ainda mais evidente quando pensei em destralhar, e porquê? Porque a tralha que estava à vista continua sem sítio certo e ando apenas a mudá-la de sítio... Não vale a pena tapar o sol com a peneira, é preciso uma análise profunda aquela divisão.

Posto isto, comecei por onde? Por pintar uma parede, obviamente. Não comecem já a atirar coisas, nem a chamar nomes, era uma coisa que gostava e nunca tive coragem, pronto. E dei comigo a pensar, o que terei a perder se não gostar ou se me cansar? Algum tempo e dinheiro, é certo, mas nada é assim tão grave ou definitivo que justifique não arriscar. Foi o que fiz.

Mostro-vos aquilo que será uma parede com riscas. Se correr tudo bem. Agora é apenas um espaço caótico, à espera de mais tinta e tempo.

 

Chamei-lhe intervalo porque quero realmente voltar ao projeto inicial, tenho que resolver umas questões antes, a saber:

- decidir o que fazer a várias toalhas de mesa, bordadas à mão que não tenho coragem para me fesfazer delas, seja dando ou vendendo - é uma questão emocional, (ou educacional, porque fui educada para valorizar e guardar o que me é dado)

- álbuns de fotos sem fotos e fotos por guardar

- louça que não é usada todos os dias mas sim em dias de festa, apesar de não fazer festas porque não cabe muita gente e estou na bancarrota

- livros e mais livros

- fotos para emoldurar sem moldura porque ainda não pude comprar

 

Mas continuo com o resto do destralhamento, ainda hoje venho cá mostrar. Haja tempo e boa-vontade.

Destralhar a casa - Intervalo

Destralhar a casa em 7 dias não é a mesma coisa que destralhar a casa em 7 dias seguidos!:)

 

Eu ia destralhar a sala mas depois olhei para aquilo e pensei "isto não tem ponta por onde se lhe pegue" ou não fosse eu uma trocatintas... Há uns 2 anos que a mesa da cozinha mudou-se para a sala mas nem por isso deixou de ser uma mesa da cozinha... E isso aborrece-me. Claro que está fora de questão comprar outra, ou mudá-la para a (minúscula) cozinha novamente, mas não gosto daquilo assim, pronto! Vira na volta e mudo os móveis de sítio e, na última dança da cadeira, o móvel que tem cds e livros foi parar ao lado da mesa e o que tem toalhas e talheres debaixo da tv... Que confusão! Como é que podia destralhar visualmente? Não podia, está tudo errado! Então o que fiz eu? Arrumei como deve ser? Deixei tudo no mesmo sítio porque cansei-me só de pensar na trabalheira que ia dar?

Aceitam-se apostas.

Destralhar a casa - 2º Episódio (sem fotos)

Destralhar a casa de banho

 

Revelou-se muito rápido porque tinha feito uma coisa do género durante o fim de semana.

  1.  Na banheira tenho uma banheira (miniatura) transparente que alberga as coisas da gaja lá de casa, que são a larga maioria, e o resto fica ao lado nos azulejos no topo da banheira, que servem para esse efeito (tipo bancada).
  2.  As toalhas que lá estão penduradas num cabide de porta são as que estamos a utilizar, todas as outras estão arrumadas noutra divisão.
  3. Em cima do lavatório só está o copo das escovas de dentes e o sabonete líquido. No espelho por cima do lavatório, que tem uma prateleira, não está nada... O que dá imenso jeito para colocar os cremes de rosto, desmaquilhantes, maquilhagem, fazer sobrancelhas e afins quando necessito - quando não estão em uso, estão numa bolsa no armário ao lado.
  4. No armário (único) da casa de banho tenho toda a parafernália a uso nas prateleiras da seguinte forma: 1ª de cima tem toalhas de rosto a mais porque dá jeito (enrolar o cabelo, etc); as seguintes por morador, cada um com um cesto e respetivos acessórios. Onde tem porta ficam as restantes coisas pertencentes ao espaço - papel higiénico, alcóol, acetona, lâminas, etc.

Provavelmente, é o sítio mais organizado da casa. Estranho.

Destralhar a casa - 1º (longo) Episódio

A bem da minha e vossa sanidade mental, recuso-me a mostrar tudo mas, para vergonha da minha cara, mostro umas coisas, só para verem o nível a que chego, aliás, chegava, por causa da preguiça:

 

Apresento-vos um 2 em 1: uma cadeira linda, que adoro e foi-me oferecida pela minha mãe, que não cabe em lado nenhum (veio da minha antiga casa que era 2 vezes maior) e o resultado de um destralhamento que nunca foi (percebeste, CristinaS?). Resumindo uma longa história: não sei onde arrumar aqueles monos. As pastas são o resultado de 7 anos sem organizar um papel, a não ser IRS porque é de lei... A bolsa estava na casa de banho com coisas que nem me lembrava e depois de destralhada... foi para a gaveta ao lado! Sim, eu sei, o meu caso é grave. Mas sou uma mulher de fé.

 

Peço desculpa pela foto, tirei com telemóvel e a claridade exagerada deve-se ao facto de ter cortinados para pendurar há dois anos... Não comecem já a abanar a cabeça com ar reprovador porque há mais. Siga.

 

Isto é a minha mesa de cabeceira. Muito se pode dizer acerca do conteúdo mas digo apenas que, depois do banho, sabe-me bem sentar na beira da cama e besuntar-me de creme, pintar as unhas, secar o cabelo, etc. Pareceu-me bem ter tudo aqui espalhado e o secador ligado à corrente e tudo...

 

Como o objetivo era destralhar visualmente o espaço, consegui cumprir embora tenha um longo caminho a percorrer. Mas enquanto caminho, respiro de alívio e descanso as vistas.

- As pastas continuam sem "casa" certa mas, por agora, estão dentro do armário - não incomodam e não é prioritário.

- O conteúdo da gaveta foi quase todo para dar, se tiver coragem para tal. Pergunto:É (f)útil dar a uma instituição social cremes, sabonetes e coisas que ainda podem ser utilizadas dado o estado de uso? Não são bens de primeira necessidade mas deitar no lixo não me parece uma boa opção. Já alguém pensou nisto ou sou eu que sou estranha?

- Os livros voltaram para a estante; as revistas foram para a reciclagem; o secador para o lugar dele; o boneco que também lá estava foi para o lixo (estava partido);

 

Ainda estão aí? Cá vai o depois:

e

 

Como estou "em obras" no quarto, não destralhei o outro lado - lá chegarei...

 

         

Destralhar a casa em 7 dias (by The Busy Woman and the Stripy Cat)

 

A fantástica ideia de fazer este desafio é da Rita do blog Busy Woman and the stripy cat e eu quero muito desafiar-me.

Antes que vocês digam que eu sou uma vergonha e que não cumpro nada do que prometo, tenho a dizer que já melhorei muito. Não tanto quanto gostaria, é certo, mas tenho vindo a educar-me. Para isso, procuro inspiração e motivação em quem sabe, em quem já conseguiu e continua (este blog é um excelente exemplo). Além disso, isto é uma aprendizagem, não é para se fazer mas sim, para ir fazendo - são mudanças a interiorizar e para adaptarmos a nós, à nossa realidade.

 

Ainda das promessas que não cumpro: isto não é uma ditadura. Estas mudanças servem para trazer bem-estar e não para ser mais uma frustração por não conseguir cumprir, criteriosamente, todos os prazos e/ou objectivos. Certo? Certo.:)

 

Então? Mais alguém alinha? Ninguém tem tralha acumulada? Roupas à espera de costureira, calças que já não servem mas que ainda temos esperança que em 2017 venha a servir? E 65892 velas que foram sendo oferecidas ao longo do tempo e nunca foram gastas, à espera de dias de festa? Ou copos para martini, como a CristinaS tinha a fazer peso num armário?

Depois cá venho contar o que aconteceu...

(Só não prometo que consiga destralhar o quarto do puto, mas tentarei)

A epifania

Passo a vida cansada, aborrecida, zangada, revoltada: o dinheiro, ou a falta dele, tira-me saúde e tranquilidade, e julgava que a depressão que tive há três anos e tal tinha levado o resto das coisas boas que faziam parte da pessoa que eu era, e de quem gostava. Claro que tenho dias bons, semanas boas, muitas vezes nem se nota o meu constante descontentamento, uma faculdade que venho a desenvolver cada vez melhor.

Mas sabem aqueles cliques que se dão de vez em quando? Quando nos cai a ficha e vemos, claramente, aquilo que nunca percebemos antes? Quando tudo faz sentido e vemos a luz? Pois foi ontem que se deu a minha epifania. Tenho que me refrear para não desatar a mudar móveis de sítio, cortar novamente o cabelo ou pintá-lo mais escuro, dar a minha roupa toda, e por aí fora... Até porque aquilo que percebi foi que a raiz de tudo, a subtração dos problemas, a causa ou causadora é simples: sou eu. Sem vitimizações, nada de "ah e tal, o problema sou eu que sou burra", porque o problema está, de facto, em mim. Tenho andado a praticar o destralhamento o casa, ou a tentar, vá, é que aquilo não vai lá com duas cantigas, mas só agora percebi que o destralhamento da minha cabeça é bem mais importante. Há ideias, crenças, vícios, rotinas para eliminar.

Tenho andado à procura da pessoa que já fui, tão mais alegre, tão leve, tão brilhante... Estava soterrada, coitadita, em tralha emocional.