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Rir e Comer Bolachas

Os heróis do (meu) secundário

Têm uma vidinha de merda, perdão, têm uma vidinha triste. As raparigas populares, giras, atrevidas e muito adultas para a idade (cujos pais deixavam fazer tudo) aos 20 já estavam com filhos pelas mãos e a viver do rendimento mínimo; os rapazes populares, giros, rebeldes, aos 20 já andavam a meter para a veia ou a trocar as noites pelos dias, bêbedos que nem cachos, sustentados pelos pais porque nem um emprego conseguiram manter.

Agora vou sossegar com a adolescência e retomo a vidinha normal.

Ja agora, deixa-me cá opinar também...

Anda aí a circular um video de adolescentes a agredir outro e toda a gente tem opinião. Eu também tenho, a saber:

- como mãe de um adolescente ficava fora de mim, quer fosse a mãe do agressor, quer fosse mãe do agredido; não sei como reagiria mas não ia ser nada bonito de se ver...

- acredito que os miúdos são reflexo do exemplo que têm em casa (forma de pensar, forma de agir, valores, etc)

- acredito, também, que o meio (amigos, principalmente) também influenciam a personalidade

 

Contra mim falo, como mãe de um adolescente que me tem dado que fazer, mas acredito realmente que os miúdos aprendem com os pais. Nem sempre pelo que é dito mas pelo que é mostrado. Conheço pais que são verdadeiros energúmenos - ODEIO ir ver os jogos de futebol do meu filho porque os pais deixam-me nauseada com tantos bitaites que dizem, seja contra o árbitro, seja contra os própios filhos ou colegas dos mesmos, esquecendo-se que aquilo é lazer. E mesmo que fosse profissional, há limites. E no trânsito? E nas filas de supermercado? E no trabalho?

Os adultos que ouvi hoje comentarem a atitude dos miúdos deviam meter a mão na consciência e olhar para o que fazem, porque é connosco que eles aprendem. Sim, connosco. Comigo também. E, espero, que tanto ralhete que o meu leva o encaminhe para se tornar um ser humano respeitador dos outros, tolerante e justo. Se isso não acontecer, falhei redondamente na minha obrigação.