Dos desafios
Ultimamente, e por ultimamente o que eu quero realmente dizer é nos últimos anos, a minha resposta instintiva a tudo é não. Podia ficar aqui a dissertar sobre os motivos pelos quais isso acontece mas não me parece que seja necessário ou produtivo. Em vez de questionar o porquê, vou recorrer a uma expressão de que o meu psicólogo/terapeuta/santo que me atura semanalmente gosta muito e que me diz frequentemente para utilizar: para quê?
A que é que o dizer "não" me leva? Exactamente aos mesmos resultados que tenho agora, repetidos ad eternum até a resposta ser diferente. Por outro lado, dizer "sim" é desafiante. É a minha natureza questionar tudo o que me é dito, tudo o que me é proposto, até tudo o que me é oferecido. Tenho tentado mudar isso aos poucos mas se for sincera, é claramente um trabalho em progresso ou o acima mencionado psicólogo/terapeuta/santo que me atura semanalmente não diria quase todas as sessões após um suspiro e um sorriso "A Diana é uma pessoa difícil. Mas é um desafio. E eu gosto de desafios."
Acontece que eu também gosto de desafios. Adoro superá-los ainda mais do que odeio falhá-los, embora nem sempre me lembre disso quando é altura de escolher enfrentá-los. Felizmente, tenho na minha vida pessoas tão inabaláveis na sua confiança das minhas capacidades que continuam a propor-mos, nunca demovidos pelos meus "nãos".
Obrigada a todas essas pessoas, mas especialmente à Cisne e ao seu respectivo, porque este último projecto que me propuseram é muito difícil. Mas é um desafio. E eu gosto de desafios.