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Rir e Comer Bolachas

Da inveja

Esta semana tive um episódio de inveja pura e dura. Nada daquilo a que vulgarmente chamamos inveja da boa (que desconheço o que seja), uma coisa em grande e em mau. Inveja é inveja. 

Inveja é uma coisa feia, é aquele tipo de coisa que disfarçamos e fingimos que não temos, que somos superiores a isso. Nunca numa entrevista, quando perguntam um defeito que temos, alguém disse que era invejoso. No entanto, é tão comum que até em publicidade é utilizado. 

Desde o episódio que ando em negociações comigo. Digo-me que nem tudo é o que parece, que as redes sociais espalham enganos e nunca conhecemos a realidade toda, só um instante e, possivelmente, muito filtrado. Digo-me que já conquistei muito, que deveria estar orgulhosa de mim mesma, já me disse que cada um tem a sua luta, e nem todos temos os mesmos desafios pela frente. Já me disse que tenho uma vida perfeita e que tenho que a aproveitar. Mas inveja é inveja, e é difícil engolir quando vejo outro conseguir aquilo que eu queria tanto.

A diferença entre nós é que houve alguém que se esforçou por isso (ou não) e eu não, dispersei-me em tantos outros objetivos e perdi-me no caminho. Não há, por isso, negociações em jeito de palmadinhas nas costas que me valham. É esperar que seja como a azia, que me passe rapidamente, e sem danos de maior.

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