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Rir e Comer Bolachas

Cair sete vezes e levantar as que forem precisas para ficar de pé

Há cerca de dois meses recomecei a fazer terapia, diferente de tudo, inclusivamente, diferente da primeira vez que tentei segundo os métodos tradicionais.Fui de mente aberta (diria mesmo escancarada) e tenho tentado aproveitar ao máximo aquilo que me é mostrado ou sugerido. Em pouco tempo sinto melhorias, se é coinf02331043e4b561582743e1be0cbbe8c.jpgcidência ou não, não sei, nem quero saber. É um investimento em mim que estou a aproveitar com unhas e dentes.

Ao contrário de um tratamento convencional, como arrancar um dente, por exemplo, na terapia o processo de cura acontece fora da sala, fora da hora da sessão, o processo acontece quando eu saio de lá e encontro a minha vida, os meus pensamentos, as minhas crenças. Acontece quando saio da minha zona de conforto e nado em águas desconhecidas. Isto traz uma sensação agridoce: sinto que estou a resolver o que provocava o mau-estar, ataques de pânico, isolamento, mas, para que isso aconteça tenho que me testar, que me obrigar a fazer diferente, a sair do modo automático e sair do modo automático provoca-me ansiedade e podia dar-se aqui uma pescadinha de rabo na boca, mas não aconteceu ainda. 

Em traços largos, a terapia consiste em mandar-me sair daquela sala confortável e segura e viver. Dar o corpo às balas e ir sem medo. Experimentar, fazer diferente, deixar de adiar e arranjar desculpas, arriscar e não ter medo de cair. Hoje esfolei os joelhos. Não sendo agradável, que não foi, deu para verificar que sei ficar de pé e sei levantar-me também. E tenho umas pernas bonitas, vá.:)

 

 

 

 

Já estamos no fim de Junho? Como assim?

Uma pessoa pisca os olhos e já passou mais de um mês desde que vim aqui pela última vez.

Já aqui o escrevi: não sei o que faço ao tempo. Trabalho a 8kms de casa, só tenho um filho, que é autónomo e não precisa que o vista, dê banho ou a papinha à boca e o tempo não chega. Sinto que os dias escorrem-me pelos dedos, quando dou por ela já passou mais uma semana, mais um mês, mais uma estação, e fico com aquela sensação de rato na roda - não páro de correr e não alcancei grandes feitos, aliás, na maioria das vezes, sinto que não fiz nada. Culpo os vários interesses. Gosto de uma jantarada com amigas mas também gosto de ficar em casa a ler um livro para debater no clube de leitura do Cocó na Fralda (o próximo no dia 29); gosto de correr mas também gosto de descobrir uma nova série e ficar a ver episódios de enfiada até acabar as temporadas e queixar-me que não tenho nada para ver; gosto de anhar e ver trash tv até dar-me o sono e ir para a cama com o cérebro já meio  adormecido; gosto de escrever mas também gosto de ir beber um café com as amigas e ficar horas a falar sobre nada e tudo em geral.

E é assim que a vida passa e nem percebemos para onde vão os anos. Um nadita deprimente, eu sei. Isto tudo para dizer que este ano vou fazer uma coisa nova: uma mini-maratona. Yeahh, muitá forte. Assunto a desenvolver aqui no pedaço (ad nauseam) em breve. 

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