Decisions, decisions
Uma das pessoas de quem mais gosto está na eminência de tomar uma decisão importante. De cada vez que pensa que já decidiu, vem o frio no estômago e o medo de errar e começa tudo de novo. Já procurou conselhos, já mediu prós e contras, dormiu e acordou sobre o assunto e nada de certezas absolutas, e nós vamos contribuindo com conselhos vários, que dificultam mais do que ajudam. É isto a vida. Não há certezas absolutas, cada vez mais me convenço disso, e mesmo que acertemos no caminho que tomamos, ou seja, que nos sintamos bem, que sejamos felizes, nunca saberemos como seria se tivéssemos optado por outro caminho. É o que é e há que aceitar isso, de preferência sem nos debatermos muito e sem queimar o pirolito.
Como já tenho uma idade considerável e muita coisa vivida (tenho dias em que me sinto com 80 anos), as mudanças já não me aterrorizam como antes. Assustam, claro, mas sei que a vida resolve-se sempre e nada é tão definitivo como pensamos. Para o bem ou para o mal. Se me dissessem há dois anos que eu, hoje, estaria sozinha e por opção própria, embora forçada, eu diria que era impossível. Se me dissessem que me ia dedicar a fazer coisas que gosto e já teria duas viagens feitas entretanto, eu não iria acreditar. Mas aconteceu. Uma delas foi um sonho concretizado.
Nunca o meu percurso foi como idealizei, e poucas foram as certezas absolutas que não mudaram ao longo da jornada. Se dói decisões mal tomadas? Dói, mas faz crescer muito e abre-nos os horizontes. Pode, até, ajudar a perceber aquilo que queremos e o que é melhor para nós, já que nem sempre é a mesma c