Prato do dia
Dizer asneiras. Foi tudo o que me apeteceu fazer durante o dia, e fi-lo mentalmente. Logo que saí da casa o frio fazia gelar até as unhas dos pés, não tive tempo de beber meia de leite quentinha, a secretária estava atafulhada de papéis e papelinhos, e recadinhos e outros inhos que nem me apetece pensar sequer. Foi-se passando o dia e nada de humor a melhorar. Nem com sopas e chás, ou cafés. Foi daqueles dias em que nem o trabalho rendia - não parei mas não fiz nada de jeito.
Por mim, ia já para a caminha e ficávamos conversados mas parece que ainda é cedo. Antes disso, ainda tenho que fazer um discurso bonito a um adolescente que já se acha muito crescido e esperto, cheio de si e com muitas certezas na vida, uma das quais que a senhora sua mãe não percebe nada de modernidades e jovens normais, e uma hora no ginásio. E hoje até prefiro a hora no ginásio, a fazer agachamentos como se o mundo dependesse disso. Arre! Inspira, expira.
É só um dia parvo e amanhã o dia de hoje até parece parvoíce.
Especialmente, se ganhar o euromilhões.