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Rir e Comer Bolachas

O drama das prendas

Nem é apenas no Natal, é sempre. Penso no que quero comprar, procuro e procuro, compro, acho que é uma óptima escolha e espero que chegue o dia. O drama começa nos dias seguintes, enquanto o dia D não chega, começo a pensar que, afinal, talvez não seja tão espetacular como eu pensei. Que, se calhar, eu gosto mas a pessoa não sou eu e não vai gostar. Se calhar, vai achar parvo. Ou pouco. 

Ainda falta tanto para o Natal... Glup.

Eu, as férias e as boas decisões que tomo

Era suposto ir de férias em setembro, duas semaninhas antes do início do ano letivo mas chegou-se a altura e eu, apesar de cansada, andava de coração partido e não queria estar em casa a pensar no assunto. Podia sair e divertir-me e tal mas isso funciona é na ficção porque na vida real andava sempre a pensar no mesmo. Entretanto, o cansaço já pedia uns dias em casa e eu marquei uns dias para depois do natal e até à passagem de ano. Entretanto, mudei de ideias outra vez... Eu sei, sou uma canseira. Com viagem marcada para janeiro dá-me jeito trabalhar e não estar a dormir até tarde, conforme sonhei tanto. 

Moral da história: ando tão cansadaaaaaaaaaa e tenho tanto trabalho que até me dá vontade de chorar. Principalmente, quando o despertador toca.

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Ansiedade

Odeio com todas as minhas forças esta doença. Faz-me ter medo de perder o tino e bandear-me para o outro lado, o lado das pessoas loucas. Tenho medo que, um dia, sinta alguma dor tão forte, não aguente o embate e deixe de ser eu e passe a ser novamente aquela pessoa de olhos sem expressão, que não sente nada e vive apenas porque o corpo fá-lo sozinho, automaticamente. 

Ontem, depois de um dia de pequenas chatices, depois de levar o meu filho aos avós, depois de fingir que tudo estava bem para não alarmar ninguém, entrei no carro e explodi. Uma angústia tão profunda, um desconforto tão grande que sentia a cara em chamas e todo o corpo gelou, sem que tivesse frio. Queria chorar mas tinha medo de não conseguir parar. Chorei. Chorei alto e com soluços, quase que me faltava o ar, enquanto fazia o trajeto até casa. Queria falar com alguém que soubesse como fazer aquilo parar. Falei. Quanto mais falava, mais piorava. Porra! Talvez seja isso, talvez precise de falar. 

Hoja acordei (muuuitooo tarde) normal. Tenho uma dor de cabeça brutal, os músculos doridos de tanta tensão mas estou calmíssima. Sem comprimidos mágicos. Não me bandeei para o outro lado, continuo a ser eu e a angústia passou. Já nem me lembrava quando tinha sido a última vez que me senti assim mas a primeira faz hoje sete anos. 

Só me dou com gente doida

Fartava-me de gozar com a minha mãe nos tempos em que ela tinha telefone fixo, com uma agenda ao lado. A maioria dos nomes estava na letra v - vizinha augista, vizinha isabel, vizinho zé. Agora, peguei no telefone do meu colega para procurar um número de uma pessoa que trabalha num banco e deparo-me com - banco zé, banco nuno, banco rui... 

Expiação

Ofereço a dor que sinto para remissão dos meus pecados. Por todas as minhas falhas e defeitos, pelo mal que possa ter causado, pelo sofrimento que provoquei. Errei muitas vezes, e hei-de errar muitas mais porque faz parte da minha condição de ser humana. Arrependo-me de alguns erros, aceito e percebo tanto outros.

Podia agora dizer que não é justo, que lutei sempre, que não merecia, que movi céu e terra, que merecia mais, e embora seja tudo verdade, estou de coração leve e sem mágoa, sem azedume e não quero fazer mais acertos, ou balanços. Estão saldadas as contas, sem que se apure o resultado. O percurso doeu muito, ainda dói, mas fez de mim uma pessoa extraordinária, que ama com o coração e com a alma, que dá tudo e ainda mais um bocado. 

Hoje será o meu dia de expiação, o dia em que ofereço a mim mesma o sacríficio e o perdão.