Redes sociais e o (des)Amor
As redes sociais vieram abrir a Caixa de Pandora na vida das pessoas que estão sozinhas mas que fizeram parte de um casal. Entre muitas outras coisas que não contribuem para o bem estar das pessoas em geral, o Facebook (quem diz Facebook, diz Instagram, Twitter ou qualquer outra) ainda veio dar uma ajuda aos ex, que somos nós, na tarefa de "perseguir" a pessoa com estávamos. Perseguir não no sentido de prejudicar a vida de alguém mas de saber com quem está, o que faz, o que pensa, etc, porque há sempre um momento em que o bom-senso emigra, em que nos sentimos miseráveis e sós e vamos "chafurdar" na vida do outro, e da pessoa que está com ele(a) está. Geralmente, para descobrir que são mais felizes sem nós, que não engordaram 50 kgs nem ficaram carecas e que continuam a levar uma vida, aparentemente, normal, sem grandes calamidades - a vida continuou sem nós. Fuck.
Se por um lado não desejamos nada de mal à pessoa, também não vamos querer que fique TÃO feliz quanto aparenta, porque, lá está, nas redes sociais só aparece o que de melhor existe ou aquilo que queremos mostrar... Seguidamente, é inevitável a comparação entre nós e a vida do ex, ou a vida de quem está com o ex, se for o caso. Se o(a) novo(a) companheiro(a) for mais feio(a), ainda a coisa vai mais ou menos, se for mais bonito(a) está tudo estragado! Rios e vales de lágrimas seguem-se à perseguição. Crises de auto-estima são inevitáveis. O coração, que já estava partido, parte-se agora ainda em mais uns bocadinhos, o que torna ainda mais difícil remendar. O que fazemos depois é que distingue o tipo de pessoa que somos: alguns deixam comentários com desejos de felicidades, supostamente muito civilizados, ao estilo sou-muito-superior-a-isso-vê-bem-o-que-perdeste, outros bloqueiam a pessoa, ou fecham contas, ou deixam de seguir, e nunca mais repetem a gracinha. Porque magoa e é só estúpido.
Uma coisa é certa: com o coração partido, ninguém está imune a estas parvoíces, independentemente da idade. Como diz o marido de uma amiga minha, é o Big Brother da vida real.
Já agora, um conselho: não procurem nenhuma pessoa que não devem através de smartphone - é fácil tocar onde não se deve e enviar pedidos de amizade. É muito constrangedor. De nada.