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Rir e Comer Bolachas

Se alguma vez imaginei que iria preocupar-me com os rabanetes que como...

Sabem aquelas coisas que nos surpreendem pela positiva quando nem sequer pensámos em expectativas? É tão bom quando acontece... A última vez foi numa ourivesaria no Campera - as senhoras foram tão simpáticas que tive pena de não ter comprado nada! Genuinamente simpáticas e não aquele tipo de simpatia que não chega ao olhar e que sabemos que mal virámos costas e já nos estão a desejar que tropecemos num calhau qualquer.

Aqui há uns dias, soube pelo Facebook, que a Câmara Municipal da minha zona tinha aderido ao Prove ("O PROVE – Promover e Vender é uma metodologia que pretende contribuir para o escoamento de produtos locais, fomentando as relações de proximidade entre quem produz e quem consome, estabelecendo circuitos curtos de comercialização entre pequenos produtores agrícolas e consumidores", conforme se pode ler no site) e resolvi experimentar. Fiz a inscrição na sexta feira passada e fiquei a aguardar que chegasse o dia de hoje, quase como os putos ansiosos por um novo brinquedo. (Não sei explicar mas as encomendas têm estes efeito em mim, quer seja livros, latas de atum, tinta plástica ou, neste caso, nabos.) Como pareço a Dori do Nemo, marquei como não lido o email que recebi com a confirmação da encomenda, assim, por ver todos os dias, tive esperança de não me esquecer, mas... não foi preciso. Isto do Prove já está a correr tão bem que tenho medo de ficar desiludida com o cabaz! Na quarta feira recebi um lembrete por mail e há uns minutos recebi uma sms com outro lembrete. Já sinto que me conhecem. Acho até que me vão chamar pelo diminutivo do meu nome quando lá chegar.

Bem... talvez não.

 

Já são 17h00?

 

À espera que o karma faça aquilo que eu não posso fazer (mas divirto-me a imaginar)

Vamos partir do princípio que o culpado é o tempo, ah e tal, está cinzento e o mau humor instala-se. Porque se não for o tempo, ainda sou capaz de dizer que estou a ficar velha e rabugenta, e isso é que não.

 

De maneira que, por causa do tempo, ando atenta à justiça divina, ou o karma, ou o fado, ou o que mais lhe chamarem, e espero, espero mas não vejo grande coisa acontecer aqueles que eu queria que tropeçassem e partissem a cremalheira da frente. Não há mal que lhes chegue. É importante fazer aqui uma ressalva: isto não é desejar mal aos outros, é querer que se faça algum tipo de justiça. Como se se tratasse de um equilíbrio natural. Mas o facto é que nada acontece. E eu gostava. Vou-me convencendo que, apesar de eu não ver, pode dar-se a possibilidade de haver alguma coisa, tipo micoses, ou uma alergia daquelas mesmo chatas, ou uma dor de barriga que obrigue a uma corrida para a casa de banho, ou sentarem-se em cima de um cacto, ou queimarem a língua num café a escaldar, enfim, essas coisinhas. Não se quer nada muito mau, que isto não é para dar cabo de ninguém, é só para moer.

Parece que é boa ideia escrever tudo

...num caderninho para "despejar a cabeça" e libertar espaço emocional, de maneira que eu vou adaptar a ideia e despejo para aqui. E vai tudo tal qual está agora na minha mente, por isso, segurem-se.

 

- Era capaz de votar no António Costa. Funciono muito melhor se pensar em indivíduos do que em partidos, e ele parece-me tão sensato... Ainda bem que não preciso de pensar nisso agora.

 

- Podia era começar a chover. Não me apetece nada fazer caminhada hoje mas não tenho coragem de faltar. Por favor, CHOVE!

 

- A minha consciência manda-me retornar a chamada que não atendi no fim de semana mas não tenho nada para dizer, nem me apetece repetir a mesma ladaínha que vai ser a conversa. As consciências só atrapalham.

 

- Bendita seja quinta-feira. Acho que vou tirar o dia para não falar com ninguém e dormir, dormir, dormir. Ando cansada, não sei o motivo mas parece que estou cansada desde que acordo até adormecer. Venham as férias.

 

- Tenho fome. Fome de coisas que fazem mal à saúde e à carteira. Era menina para meter uma alheira no forno e devorá-la ao jantar. Mas não, vou comer sopa.

 

...

 

Não sinto que deixei aqui nada, escrevi isto mas vou levar tudo comigo porque ando às voltas com estas coisas no pensamento. Mas porque é que não chove???

Devo ser anti-social

Há dias iniciou-se, no trabalho, uma conversa acerca de colo e, como em todas as conversas, acabámos o assunto muito mais longe, chegando ao toque entre as pessoas. Havia quem gostasse de ir ao cabeleireiro só para aproveitar a massagem no couro cabeludo, havia quem gostasse do colo do pai, havia quem preferisse andar de mãos dadas na rua, e depois havia a minha pessoa que disse não gostar do toque. "O quê? Como assim? Não gostas que te toquem?" Não.

Não gosto que me mexam no cabelo, não me sinto confortável em massagens, nada tenho contra andar de mão dada (até gosto) mas o toque com pessoas alheias ao meu "núcleo duro" não gosto. Não cumprimento os meus colegas com beijinhos a não ser em dia de aniversário, por exemplo. Não é que ande a fugir das pessoas, não ando, não sou nenhum bicho, mas mantenho uma devida distância, consciente ou inconscientemente. Ah! E detesto homens-mãozinhas, aquele tipo que gosta de meter a mãozinha nas costas (ou na cintura ou seja onde for) enquanto cumprimenta com dois beijinhos. Arghhh, fico logo com umas trombas de metro e meio.

A excepção faz-se com as minhas pessoas, nesse caso sou beijoqueira, gosto de abraços, de mimos, enfim, se calhar até sou melga.

Da velhice (da minha mãe)

Ainda não sei o que é a velhice mas, também ela, não é o que imaginei. Pensei que a velhice fosse mais do que dores, que trouxesse sabedoria, aceitação, tranquilidade. Pensei que, dado que o corpo obriga a abrandar, houvesse mais calma para saborear o que já se viveu, e mesmo havendo dificuldades, que se soubesse apreciar o que se construiu. Mas não é isso que vejo na minha mãe.

A minha mãe sempre foi enérgica (até demais), com uma força de vontade férrea, trabalhadora, dedicada à família (criou 3 filhos e ajudou a criar 5 netos) e, embora sempre tivesse sido "um bicho do mato" tinha os seus hábitos de ir passear, leia-se visitar as irmãs, todos os santos domingos e vinha renovada. De há uns anos para cá tudo mudou - tem a auto-estima do tamanho de uma ervilha, precisa de constante atenção e que a elogiem muito, e passa a vida a queixar-se. Ou das dores, ou do tempo, ou da casa, ou do meu pai, ou dos filhos, ou dos astros, qualquer coisa serve. Nunca quer ir a lado nenhum nem está bem em lado nenhum. Se vai passear, não gosta, se fica em casa, fica com a neura.

Tem dias que nos (os filhos) munimos de paciência, afinal é nossa obrigação, e começamos uma conversa cheios de boa-vontade mas esgota-se rapidamente, ela tira qualquer um do sério - é tudo um grande drama. Ou começa a saga das doenças (raios partam os programas para reformados na tv portuguesa!) "diz que as antenas provocam cancro" ou a das notícias do governo "que são uns ladrões". E, se a contrariamos, fica de lágrima no canto do olho, a tremelicar o queixo, e a resmungar que ela tem razão, que nunca percebe nada, que ninguém a leva a sério. E lá damos o dito por não dito, ela fica com a opinião dela e nós enfiamos a nossa no saco para levar para casa.

 

Isto deixa-me triste, gostava que ela tivesse chegado a um ponto na vida em que pudesse olhar, confortavelmente, para trás e apreciasse o que construiu, mas não, parece que está meia perdida. Não tem saúde para continuar a trabalhar nem vontade de sossegar e ficar em casa. Vive num constante descontentamento, como se nada fosse suficiente para se alegrar. E eu fico sem saber como ajudar.

Bolacha Maria está de volta...

... Para dizer uns disparates, porque há uns tempos a esta parte, nada de interessante se passa no meu cérebro. Parece que estupidifiquei. Se calhar, foi mesmo isso que aconteceu, já que passar dez horas fechada num cubículo com 12 m2, sem luz natural e rodeiada de gente que faz muita gala em dizer coisas como "chiclate" , "amburga", "óclipal" "rinzes e códrizes", diz que não faz muito pela nossa sanidade mental...

 

E então, só se me ocorrem parvoíces como:

 

* E se eu fechasse a barraca e fosse até Santa Cruz ver o mar?

* E se eu fosse uma mulher de "tomates" e dissesse TU-DO o que penso, sem medos?!

* E se eu eliminasse da minha vida, as pessoas que não me fazem feliz?!

 

Só parvoíces, a minha vida é só parvoíces.

Coisas ( fantásticas) do divórcio

Sim, eu sei, não é bonito dizer-se. Mas existem.

Tenho um dia por semana para ir para casa sem passagem pela escola, ou pelo treino, ou supermercado para comprar pão. Diretamente para casa, sem ir buscar o meu filho. Sem ter que ralhar por qualquer motivo. Apenas ir para casa e ouvir o silêncio. E depois a tv. Embrulhada numa manta no sofá, com pouca luz e a fazer só o que me apetece. Pode até ser que pinte as unhas dos pés e mãos, ou leia qualquer coisa que não me puxe pelos neurónios, afina, estou em fase relax.

É um bocadinho adolescente demais para os 35 anos que tenho, não é? E eu ralada...

Entretanto, às 21h30, volto à realidade e rotina normal. Sou adulta e mãe. E gosto. (Mas estas horinhas sabem-me pela vida)

Andei meses com um par de sapatos fechado

Confortáveis, altos q.b., andaram nos pés todos os dias até irem para o lixo (literalmente) e ter comprado uns novos. Comprei nude, que é uma coisa muito fashion e fica bem com tudo, e abertos à frente. E hoje chove.

É dificil ser pobre e ser fashion. (Isto até se podia chamar de ser "frugal" mas era preciso ter opção de escolha para sê-lo.)

Mudanças

Na sexta-feira passada a minha rica irmã lembrou-se que era boa ideia dar início a um novo desafio. Podia ser escrever aqui no blog, que já era uma novidade mas não, era mesmo uma mudança radical em pequenos hábitos, que levarão a uma maior liquidez na carteira. Trocado por miúdos, um sacrifício acrescido ao que já temos vindo a fazer que, isoladamente, até nem parecem fazer grande diferença mas, tudo somado, são uns belos de uns euros por ano.

Desde há algum tempo que o fazemos, cada uma com a sua estratégia e temos visto resultados, já aliviámos um bocadinho o sufoco mas o objetivo destas medidas é mesmo podes respirar à vontade. Sem ter medo que sobrem dias ao fim do mês.

 

Medidas a implementar a partir de hoje:

 

- Trazer marmita para o trabalho t-o-d-o-s os dias  (já fazemos mas prevaricamos um bocadinho e acabamos por fazer algumas refeições fora)

- Raspadinhas limitadas a 1€ por semana

- Não comprar roupa até 31 de Dezembro de 2014, nem que custe 1€ cada peça (adeus Primark)

- Meter 1€ todos os dias no mealheiro (sim, temos um mealheiro...) em vez de bebermos café (eu meto lá o euro mas bebo no escritótio a 0,35€)

 

Não parece nada difícil, não é? Enquanto escrevia apercebi-me disso mas o psicológico da coisa tem este efeito em mim. Parece-me tudo muito difícil... No sábado já fui comprar aquilo que precisava mesmo: umas sandálias, uma mala, um top mais composto (não precisava mas dão muito jeito para trabalhar) e pouco mais. E é isto. Vamos ver se dura, e se compensa no final.

Preciso de férias (escolares)

Não me admira nada que os miúdos andem a desejar férias, eu também estou. São os lanches mais os almoços, os fatos de treino e os calções, os exames de matemática e português, mais as canetas indeléveis, e o atestado para aqui, a declaração dali, e as reuniões, depois o taekwondo, e o "ai, caraças, esqueci-me do fato!", perde o cartão, toma-lá-dinheiro e mais tarde "como não compraste almoço??"? Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Já falta pouquinho, já falta pouquinho, já falta pouquinho...

 

 

O início do ano letivo vs o final.

Visto aqui

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