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Rir e Comer Bolachas

Uma limpeza antes de entrar o ano

Não será uma limpeza profunda mas também não será daquelas a fingir, em que parece que está limpo quando, na realidade, não está. É mais do tipo de renovação do ambiente.

 

Quero arejar a casa, e a minha cabeça e coração também. Mesmo que esteja a chover e faça frio, quero deixar entrar ar, abrir os pulmões e sentir a vida a entrar. Aquilo de que gosto e que me faz bem não vai mudar de sítio mas vai ter o pó limpo e o seu lugar garantido. Quero aproveitar o frio da estação para sentir o calor de um banho quente e um roupão macio na pela ainda morna. Quero deixar maus hábitos e ter novos e saudáveis. Quero sentir os pés do meu gajo nos meus ainda antes de abrir os olhos e antes de chamar nomes ao despertador. Quero não fazer mais balanços e fazer as pazes, com o que passou, com o que fui e o que não fui, com tudo o que fiz e com o que me fizeram. Quero guardar apenas o que aprendi e de que fibra sou feita. Não quero papeis velhos, nem listas do que não fiz. Quero roupas lavadas e sacudidas. Sim, uma sacudidela de vez em quando faz sempre bem. Quero ter a casa limpinha e dormir confortável.Quero acender uma vela, ajeitar a árvore de natal e o frasco dos biscoitos e aconchegar-me no sofá.

 

E, depois de todo o trabalho feito, ficar apenas a ver e a saborear.  E lembrar-me sempre que isto é um work in progress, e que amanhã serei uma pessoa melhor.

 

 

Destes dias

Não podia acabar o ano sem vir aqui dizer umas coisas. Este blog tem andado paradito, paradito mas eu não tenho parado. A verdade é que não tenho sentido a crise no trabalho, e dou graças por isso, mas sinto que a minha energia fica toda no trabalho. Logo que saio, parece que a energia e até o raciocínio começam a abandonar o corpo e só penso em comer e dormir (não necessariamente por esta ordem e até repito alternadamente).

Ando cansada. Cansada demais para o trabalho que faço. Deve ser do frio do inverno, ou o peso dos 35, ou nada disto e é uma fase. As fases são como as viroses, aplicam-se à falta de melhor argumento.

 

De qualquer modo, o início do ano que entra daqui a poucos dias é uma boa desculpa para um novo início. Ando a pensar em fazer uma lista de intenções e ir desenvolvendo mudanças ao longo do ano mas isto é um assunto que vou amadurecer e depois venho cá contar tudo, tudinho.

 

Sinto que o próximo ano vai ser bom, vai ser de colher frutos, de ver resultados. Espero que seja também para todos aqueles que cá costumam vir, e que a esperança que se vive nestes dias se mantenha uns bons meses. Boas festas!

 

 

A tentar balancear

Ando há dias a tentar fazer uma lista (por enquanto, mental) de coisas boas de 2013, e também de coisas más. Podia ler o blog como auxiliar de memória mas não gosto de ler o que já escrevi, sobretudo quando já passou algum tempo. Não me lembro de muitas coisas e corro o risco de ficar com uma lista de dois ou três itens... Será normal? Sinto que a maioria de acontecimentos não é digna de categoria boa ou má. A minha vida é uma pasmaceira...

 

Até agora:

 

Coisas boas

- Fui de férias, à borla, para o Algarve

- Eu e os que me são queridos tivemos saúde q.b. para viver confortavelmente

- Não me faltou comida, roupa ou tecto

- Consegui guardar no fundo de emergência cerca de 400 euros - sim, é pouco mas nos anos anteriores levantava o fundo de emergência e, este ano ainda lá está. (Bater na madeira 3 vezes)

 

Coisas más:

- As contas de oficina foram muitas, e caras

- Continua sobrar-me dias ao ordenado

 

 

Tardou mas não falhou!

Este ano comecei a dizer que queria fazer a árvore de natal cedo, nos anos anteriores costumava fazer no feriado de dia 1, como este ano não havia feriado (até calhou ao domingo mas isso não interessa nada) não fiz. Andei a queixar-me que a arrecadação era longe, um dia estava frio, no outro doía-me qualquer coisa, no outro era outra dor qualquer, e o tempo a passar.

Ontem foi o dia. E o decorador de ambientes foi o Dinis, que refila, refila (faz parte do ritual dele), mas adora decorar a árvore. Assim mal se nota mas a árvore está tão aldrabada... Só tem luzes e enfeites na parte da frente porque são poucos, as fitas são mais velhas que ele que tem onze anos, os ramos estão cada vez mais despidos mas ficou bonita. Ontem, já no silêncio dei-me conta que todos os enfeites têm uma história, a maioria feitos pelos Dinis nos anos de infantário e ATL, outros oferecidos pelos meus sobrinhos, e a rena que o meu gajo ofereceu por cantar música de natal e saber-me doida por estas pirosices. E é assim que percebo que jamais seria minimalista, porque há recordações que me sabe bem ver e tocar.

Vicissitudes de pessoas com memória fraca, ou distração muito forte

Excluindo uma fabulosa capacidade (inútil) para decorar matrículas, a minha memória é uma nulidade. Esqueço-me de tudo em todo o lado, perco as coisas com a maior facilidade, principalmente as coisas que mais gosto. Por tudo isto, e porque o meu gajo tem um sentido de humor que adoro, ontem recebi uma prenda com enigma... A resposta certa era "Não há dois sem três". A prenda era o 3º relógio que me oferece. Perdi os outros.

 

Acredito que um tenha perdido em alguma farmácia quando o tirei do pulso para medir a tensão, o outro partiu-se e soltou-se do pulso, guardei-o em cima do colo (ia no carro) para depois ver o que se podia fazer... E esqueci-me. Quando saído carro devo tê-lo deixado cair no chão. Ainda procurei no chão do carro, debaixo dos bancos, em todo o lado que seria possível mas nunca apareceu.  Fiquei mesmo, mesmo triste.

 

Agora... espero contrariar o provérbio. Há duas sem três, sim!

 

O drama

Hoje é o meu último dia com 34 anos. Nunca mais vou ter 34 anos. Vou ter outros, se Deus quiser, mas nunca mais tenho 34 anos.

 

O meu lado a atirar para o esquizofrénico também não acerta com a idade que tenho, ora sinto-me com 60 ora acho que ainda não saí totalmente da adolescência.

 

Devo confessar, também, que já usei uma calculadora para saber a minha idade exata. Achava que ia fazer 34 ainda...

 

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