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Rir e Comer Bolachas

Desabafo

Espero vir a ser uma daquelas mães que, quando os filhos chegam aos 16,17 anos, topam-nos a léguas mas, por enquanto, sou uma maçarica. Daquelas que estrebucha muito, tem certezas absolutas mas, depois, passado o calor do momento fica indecisa. E ai, será que fiz bem, e ai, fiz bem sim, senhora e ai, que quero ser tirana, e ai, que isto só faz com que me minta. A sério, esgota qualquer um. Ao mesmo tempo que a minha cabeça anda nestas viagens, um pré-adolescente-muito-à-frente-do-seu-tempo sempre mimimimi, posso assim e posso assado, e posso agora, e posso mais daqui a bocado. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! E eu com vontadinha de dizer não, não podes nada, vai ali sentar-te e sossega até te passar essas vontades todas.

Bolas! Não sei brincar a isto.

The big picture

Eu perco-me nos pormenores e esqueço-me sempre de me distanciar para ver a situação de forma mais abrangente. Perco-me nas pequenas derrotas, nos contratempos, no que gostava de ver já concretizado, no que acho que nunca vou conseguir. Foco-me no que não fiz, no que não tenho e não no percurso feito, perco a noção do que fiz, do que tenho conseguido, ainda que seja pouco.

 

Como andei em negação com o peso durante muito tempo só sei que em Maio do ano passado cheguei a pesar 72,350, das pequenas alterações que foram acontecendo não tenho registo até ao dia 15-04-2013 , data em que iniciei a dieta dos 31 dias. Quinze dias depois, foi o grande  avanço, o período em que me motivei mais (porque a diferença de peso foi grande e  nunca tinha acontecido nada semelhante), depois fui-me queixando que estava sempre na mesma, com diferenças de 100 ou 200 gramas por semana e nunca registei os valores. Ficava só gravado na memória os resultados "inúteis". O que é certo é que as semanas passaram, a roupa deixou de estar tão esticada mas eu continuei a não ver. Por acaso, andei a ver alguns posts antigos e fui apontando as datas em que referi os peso:

 

18-04-2013 - 68,000

06-05-2013 - 65,100

24-05-2013 - 64,900

30-05-2013 - 65,200

14-06-2013 - 66,100

Já era muito bom se tivesse ficado por aqui, certo? Não é que o peso esteja correto mas tem sido uma perda regular, podemos dizer que é saudável assim. Mas não, o peso continuou a descer - hoje tenho 62,2 na balança.

Uau! (E, caramba, eu estava mesmo uma badocha!)

Coitado do puto

Como mãe sou uma atrofiada, admito. Se calhar, nem é só como mãe mas enfim... nem vou por aí. Acho que até já contei que a minha mãe costuma dizer que, se não fosse ela, o miúdo ainda não andava porque eu tinha medo de tudo. Verdade, verdadinha, mas também é verdade que procuro melhorar e já sou mais descontraída, se tiver tempo para pensar nas coisas e decidir de seguida. Por instinto, continuo atrofiada, de maneira que ontem deu-se esta conversa no carro:

Ele - (...) Desmontámos a bicicleta e voltámos a montar. Já não tive tempo tempo foi para experimentar a andar.

(Sim, é verdade, com 11 anos ainda não sabe andar de bicicleta porque a mãe é, pronto, o que se sabe, MAS eu vou tratar disso já!)

Eu - Ah sim? Mas tu já consegues andar de bicicleta??

Ele - Não, mãe, ia aprender.

Eu - Ali, no alcatrão? Sem proteções, nem nada?

Ele - Mãe (em tom condescendente), ninguém aprende a andar de bicicleta dentro de casa...

Eu - Glup

 

Já tenho trabalho para este fim de semana...

Afinal há explicação

E a minha intuição andou lá perto. Trata-se de uns balões com luzes led incorporadas, muito em voga agora em festas de aniversário e afins.

A noite ajudou, não havia vento e, daí, vermos subir os balões tofdos juntinhos, a uma velocidade constante, no seu pisca-pisca misterioso. Ufa! É sempre bom encontrar uma explicação lógica...

Eu não estou louca!

Partindo desta premissa, vou contar o que me aconteceu no sábado à noite (dia 21, portanto)

Acresce dizer que não bebi bebidas alcoólicas, não fumei coisas esquisitas nem ando a tomar nada que me faça ver coisas anormais.

 

Vínhamos (eu e o meu gajo) no carro, a conversar, por voltas das 23h30 (talvez nem tanto) quando começámos a ver uma movimentação de luzes no ar, do lado esquerdo da estrada. Despertou-nos a atenção, parámos de falar e, às tantas, pergunta ele, a medo "Estás a ver o mesmo que eu...?". E estava mesmo. Lembrem-se, eu não estou louca, sim?

 

Ora, então, nós vimos umas luzes intermitentes, todas juntas como se fossem um bando, a voar a uma velocidade constante, sempre a subir. Como se fossem dezenas de patos com lampadas LED enfiadasa no rabo. Ou balões, com lãmpadas dentro. Não sei explicar melhor.

Não foi assustador, antes pelo contrário, foi até bem giro. Como aquilo aconteceu perto de um centro de eventos, inicialmente julguei tratar-se de uma projeção qualquer, ou de algum efeito especial com qualquer fim (ainda quero acreditar nesta versão) mas o meu gajo diz que não. Ele ainda conseguiu distinguir umas "coisas" apagadas, a flutuar junto com as outras, eu sou muito pitosga e não vi nada disso mas acredito. O que sei é que vários carros pararam e ninguém conseguiu explicar o que era.

Durou uns minutos e depois, tal a altitude, desapareceram dos nossos olhos. Tentei fotografar mas não consegui, nem fazer video, a camera do telemóvel não era suficientemente boa para alcançar aquilo.

 

Por isso, alguma alma caridosa faz o favor de explicar o que nós vimos? Receio pela minha saúde mental. A minha credibilidade é capaz de ficar comprometida se disser que vi um OVNI. Pior, vi dezenas de OVNI's!!!

 

Para que conste, não acredito em extraterrestres. Até posso acreditar em vida noutros planetas mas não do tipo que vemos em filmes, e muito menos em naves a passarinhar por aqui.

Teoria de bolso

Esta não é minha, é da Bolacha Maria. Aliás, é uma teoria que lhe apresentaram. Independentemente do criador, a teoria diz que somos a média ponderada das nossas cinco pessoas, ou seja, somos uma espécie de resumo. Ou de esponja. Vamos absorvendo.

Já estou com algumas dificuldades com a teoria: quem são as minhas cinco pessoas? As mais importantes? As com quem interajo diariamente, embora não tenham grande influência na minha vida?Se pensar bem, trabalho com pessoas que não me dizem nada mas com quem interajo 8/9h dia, 6 dias por semana...

Depois, são tão diferentes entre si que é natural que eu seja uma mistura explosiva.O que pode explicar muita coisa.{#emotions_dlg.blink}

Balanço

Acho que acontece com muita gente e comigo não é exceção - o regresso das férias e inicio de ano letivo é Ano Novo para mim. Tenho feito, mentalmente, várias resoluções, várias intenções, muito e muito pensamentos de mudança. Ainda não meti nada no papel porque sei que me disperso muito e tenho que me concentrar em objetivos concretos, palpáveis.

 

Enquanto penso, faço e não faço, é altura de balanço. E, este ano (da treta) estou orgulhosa de mim mesma. Não consegui metade do que me propus mas houve coisas que consegui manter e isso tem sido uma vitória, ou uma sucessão de pequenas vitórias:

 

- Não vou para a cama sem a louça lavada (sim, esta nem devia estar aqui, blá, blá, blá, mas a verdade, verdadinha é que chegou a ficar louça por lavar. Várias vezes.

- Parei de fazer bolos e bolinhos, mais bolachinas caseiras, ao fins de semana

- Não voltei a engordar que nem uma porca  (oscilações de peso não contam)

- As manhãs deixaram de ser caóticas (para serem... apressaditas, vá)

- Consegui sair do red line na conta bancária (só me falta conseguir poupar nem que seja um euro no fim do mês)

- Baixei algumas contas em casa

 

Falta-me um loooongo percurso (até porque não foi em dois dias que cheguei ao caos que cheguei...) mas é importante interiorizar que é um caminho que se faz devagarinho. Com acidentes de percurso e alguns percalços. Mas quero acreditar que o pior já passou.

 

(In)sensibilidade masculina

Já escrevi aqui várias vezes que ser mãe de um rapaz é-me mais difícil (acho eu) por estar habituada a sobrinhas. Acho mesmo que as meninas são mais fáceis. No entanto, ser mãe de um rapaz tem a vantagem de estar mais próximo de perceber como funciona a mente masculina, desde tenra idade, e a mim fez-me descobrir que certas coisas que dizem e que nos ofendem são, na verdade, um elogio.

 

Eu - Sabes quem encontrei nos Correios? A tua avó. Não me reconheceu imediatamente, só viu que era eu quando já estava mesmo a cumprimentá-la.

Dinis - Ah foi?

Eu - Sim, diz que estou muito mais magra.

Dinis - E estás.

Eu - Estou. Mas não ao ponto de não me reconhecerem...

Dinis - Mãe... Antes nem se distinguia o que era peito e barriga, era tudo a mesma coisa...

Eu - (Glup)

Voltei!

Voltei, voltei, voltei de lá, como dizia a canção.

Pois que fui de férias, sim senhores. Aliás, ir até fui duas vezes, já que o carro avariou a meio do caminho e voltámos para trás. Das duas, uma: ou estas coisas acontecem apenas a quem pensa muito ou já era um sinal. Depois que o carro avariou é que eu já não queria ir de férias mas, enfim, lá acabei por ir e foi para lá de espetacular. Uma coisa para durar 4 dias. Mas aproveitadinhos até poder.

Hesitei em ir (embora estivesse desejosa) porque não podia gastar dinheiro e, se por um lado, não pagava alojamento e tinha casa à beira da praia, por outro lado, gastamos sempre mais do que queremos. E pronto, a meio do caminho o carro avaria. Perto de duzentos euros de arranjo e amigos como dantes.

Ainda bem que fui. Precisava mesmo de sair daqui e distrair-me. Mas gastei mais dinheiro do que pensava gastar. Acabamos por beber mais um café, dar uma volta pelas ruas, mais uma Coca-Cola, mais uma revista para ler na praia e, quando damos por isso, já gastámos e nem demos conta. Enfim. Na semana seguinte foi comer e dormir, já em casa própria. E que bem que me soube!

 

Agora cá estou de regresso, cheia de trabalho e com muita energia. Ah! E com 62,800 Kgs. Já posso dizer que há um ano atrás pesava mais 10! E ainda faltam uns quantos mas lá chegaremos, com muita calma.

Já devem ter reparado...

... Que a trocatintas foi de férias {#emotions_dlg.smile}...

 

E eu não fui, mas precisava de ter ido. Além de estar fisicamente a precisar de abrandar, não estou psicologicamente preparada para ficar sem os "pintos" todos de uma só vez, senão vejamos:

- Filhas de férias com o pai.

- "Irfilha" de férias DUAS semanas (não estou a querer ser má lingua nem nada, mas quem é que tira DUAS semanas de férias?! Ainda pra mais sabendo-se tão importante na rotinas das outras pessoas. Não se faz, pá!)

- Sobrinho(s) de férias. Uns com a mãe em Santa Cruz, outro com o pai no algarve (sim, somos uma familia de divorciados e (re)casados{#emotions_dlg.sarcastic}

 

E é isto.

 

Já estamos em Setembro, o mês que por norma começo a traçar objetivos e desafios para o próximo ano (até porque é o mês do meu aniversário e é para mim, assim uma especie de "xau ano velho, olá ano novo!"), mas...

Amanhã, talvez.