Parem tudo!
Ou como dizia o meu filho quando era pequenino "parem as máquinas" *
Há alguns dias que suspeitava mas mal verbalizei as minhas suspeitas para não agoirar. E para não entusiasmar este coração doido que já não aguenta estes sustos. Dizia eu que suspeitava que os meus vizinhos barulhentos e desrespeitosos iam sair de casa. Vi uma carrinha carregada com móveis e máquinas, e eles nsairam nela, os sons que vinham de cima ainda pareciam mais estridentes como se fizesse eco e, ontem e anteontem, acho que não fizeram refeições. (Acreditem que percebo tudo isto sem esforço, sem cuscar! O facto é que a construção é tão má e eles tão ruidosos que eu consigo distinguir as coisas mais estapafúrdias... Adiante) Eu tinha muita esperança mas eles continuaram a voltar uma ou duas noites. Montavam ou desmontavam coisas e comecei a questionar se não estariam a fazer uma nova decoração em vez de mudanças. Mas ontem... Ontem não se ouvia nada: nem saltos altos, nem berros, nem o amor que se fazia por lá, nem o benfica, nem filmes, nem ralhetes, nem choros, nem asneiras, nem o tão odiado "amooooooooooooooooooooooor". Acho que se foram. Deus os mantenha sãos e salvos e felizes. E bem longe.
*(quando fazíamos maratonas de filmes e ele tinha que ir à casa de banho)