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Rir e Comer Bolachas

Há dias cabrões, pá!

Ando a trabalhar que nem uma mula para descobrir agora, praticamente no final do dia, que fiz tudo mal. Por outras palavras: todo o trabalho que fiz esteve assente num erro.

Por outras palavras ainda: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Fiar

Às vezes a minha vida parece-me um novelo. Existe um fio, um único fio, que dá voltas e voltas, e mais voltas e embrulha-se todo, chegando a fazer nós. Alguns desfazem-se, outros vão-se misturando com as voltas do fio até desaparecerem e o fio continua, e continua, sem se saber ao certo para que finalidade. Nem sempre estou contente com o meu novelo, mas hoje, agora mesmo, sei que não há nada que pague, nem nada tão bom, como entrar na banheira para tomar um banho quente, no conforto da minha banheira, dentro da minha casa, para depois vestir um pijama quentinho, enfiar umas meias nos pés e deitar-me na minha cama. Nem sempre chega, às vezes é tão pouco, mas hoje é mais do que suficiente para me deitar tranquila e contente.

A Cruela que há em mim

Não me sai da cabeça a conversa da hora de almoço, e o comentário que se lhe seguiu, por parte da minha sobrinha. Dizia eu de minha opinião acerca de um assunto melindroso, e fui um pouco cruel, sim, reconheço, mas era a minha opinião sem filtros, sem falsos moralismos que não eram, de facto, sentidos quando vejo a expressão dela. E parei de falar.

Não estou em conflito com o que disse porque continuo a pensar e sentir de igual forma mas não me sai da cabeça o ar desapontado da miúda (que cresceu e é adulta). Acho até que, se há um dia em que deixamos de ser super-heróis detentores de toda a sabedoria do mundo e passamos a ser comuns mortais aos olhos deles (deles= jovens estagiários em idade adulta) hoje foi o meu. Sim, eu também já fui assim cheia de valores e poesia, de certezas absolutas e dona da verdade, depois embruteci, que é como quem diz, cresci ou vivi. Porque é impossível passar pela vida, acordar e adormecer todos os dias, sem endurecer a carapaça, sem criar uma desconfiança que nem sempre é justa, sem cair na tentação de julgar o próximo, e de alvitrar sobre o que é o certo na vida dos outros.

Não me orgulho nada de ser assim mas a tendência é piorar, sou nova ainda mas já vi muita coisa. Não sei tudo, que não sei, mas aquilo que sei já não vou desaprender. Pelo menos, não imediatamente.

Chiça penico!

Ontem, antes de dormir, decidi que hoje, e doravante, iria ter mais paciência no trabalho.  Ia queixar-me menos e dar graças por ter trabalho quando a taxa de desemprego continua a subir, e as perspetivas para o futuro são de que vai piorar. Ia respirar fundo e fazer uma coisa de cada vez, com calma e sentido de humor q.b, com a certeza de que as minhas contas são pagas com estes sacrifícios.

 

Se não tivesse adormecido logo até teria decidido que vinha maquilhada todos os dias, não para meter nojo mas para mostrar que me preocupo, que a imagem conta e eu também sou uma das caras da empresa (isto soa tão mal...). Enfim. Vinha com ar lavadinho e contente, portanto.

 

 

 

 

 

 

 

Hoje. Epá, isto está difícil. Quanto mais mexo, pior fica. A paciência há muito que se foi, tenho vontade de rosnar em vez de responder (embora não o faça!), já calculei, errei e repeti mais cinco vezes do que é habitual. Ai, que isto não está a correr nada bem.

Ap-deite

Estou muito triste. Na segunda-feira a minha irmã disse-me que devia ir a um psicólogo, ainda mal me tinha refeito do choque já ela me estava a dizer, hoje, que tenho uma enoooooorme falta de persistência. Ou de perseverança, vá.

Não é que seja mentira, que não é, mas também não é preciso dizer logo asssim, à bruta, sem contextualizar com a atual conjuntura sócio-económica da minha vida, né?

Adiante.

Tenho andada afastada aqui destas lides mas voltei (gostava muito de dizer que iria blogar diariamente mas diz que sou pouco persistente...) e espero fazer disto uma terapia, que ir a um psicólogo sai caro e não me apetece nada desenterrar traumas, já me bastam os problemas do dia a dia.