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Rir e Comer Bolachas

Bolacha, tu vai de férias "melher"!...

Então agora não ando armada em estupida com as pessoas que simpaticamente me telefonam?!..

 

A malta liga, fala o que tem a falar e iniciam as despedidas. Eu, calhau com dois olhos, porque ando num stress que só visto, oiço depressa, respondo depressa e desligo o telefone à velocidade da luz, e hoje, já é a segunda vez que me apercebo de que desliguei a chamada com as pessoas ainda a falarem...

Ser mãe também é isto...

Já toda a gente sabe que ser mãe é excelente, que é a melhor coisa do mundo. Mas também é andar sempre com o coração nas mãos, é sentir um aperto enorme quando estão tristes e nós não podemos fazer nada, é ter vontade de lhes pegar ao colo mesmo quando têm mais 10 cm de altura que nós e já atingiram a maioridade faz algum tempo {#emotions_dlg.angel} 

E quando os magoam?... A vontade que temos de ir às trombas da pessoa que foi na verdade uma besta e merecia sem dúvida uma biqueirada valente?! Eu hoje estou assim, a segurar-me para não "tirar satisfações" com uma pessoa que magoou uma das minhas crias, injustamente, que a fez sentir-se do tamanho de uma ervilha, quando ela é do tamanho do mundo, uma pessoa que, tenho para mim, deve ser muito infeliz e frustrada. Porque só uma pessoa assim, sabe magoar de forma tão dura e gratuitamente.

 

Mas como sou daquelas mães que defendem a teoria de que as crias têm que desenvolver defesas sozinhas, têm que aprender a levantar-se depois de uma queda, não vou fazer nada. Ou melhor, em relação à pessoa (leia-se besta) não vou fazer nada, mas dar muito colinho à Bolachinha, muitos beijinhos à Bolachinha e pôr aquele olhar "tocas-lhe-num-fio-de-cabelo-e-vais-saber-do-que-uma-mãe-em-furia-é-capaz" {#emotions_dlg.lol}

"Quem muitos burros toca..."

"Quem muitos burros toca..." lá diz o velho ditado que algum deixará para trás, neste caso, foi o blog que tem andado assim para o quieto.

A vida, no entanto, quieta é que não fica, embora não saia do mesmo sítio. As férias escolares já começaram mas há as matriculas por fazer, os livros para comprar, o ATL, o leva-e-traz-da-casa-da-avó. As caminhadas continuam, ou melhor, começaram a ser frequentes (desde que a minha prima se voluntariou para me fazer companhia), e todos os dias tenho (pardon my french) merdinhas de saúde que me apoquentam e tiram o descanso: ou é a tensão, ou é a cabeça, ou o caneco. Arre!

Certo é que não se passa nada digno de relato aqui no estaminé, a inspiração já viu dias muito melhores, viagens só na minha imaginação e coisas giras para contar não tenho...

Não se passa nada, e assim foge a vida sem nos darmos conta. Faltam 5 meses para o Natal, já repararam?

 

 

Nivelar por baixo, é o lema destes governantes da treta!

Governantes da treta mas excelentes políticos, que agora vão dizer "nós não queríamos, o Tribunal é que diz que é inconstitucional".

 

Hoje ao ler as notícias acerca do que foi dito pelo Tribunal Constitucional, acerca dos subsídios de férias, só me lembrei da rábula dos Gato Fedorento a imitar o Marcelo Rebelo de Sousa a pronunciar-se sobre a liberalização do aborto "É proibido mas pode-se fazer!". É ilegal mas se tocar a todos a todos não há problema nenhum...

 

Que pena o Tribunal Constitucional, essa Entidade tão séria e imparcial, não se ter lembrado que o Governo devia ser mais equitativo quando atribuiu regalias atrás de regalias, permitiu abusos e mais abusos, durante décadas aos funcionários públicos. Os mesmos que durante décadas se julgavam seres superiores e donos das Instituições para onde trabalhavam. Não foi há muitos anos que vi entregar géneros alimentares a funcionários da Repartição de Finanças, POR SERVIÇOS PRESTADOS, durante a época natalícia. E funcionários da Câmara Municipal a receberem envelopes natalícios, com certeza com postais decorados, junto com projectos de obras? E todos eram tratados com grande reverência, não fossem algum dia precisar deles...

 

Uma palhaçada, é o que é. Tratam-nos como se não pensássemos, com uma falta de respeito sem precedentes. Mais ou menos uma ditadura, com a vantagem de podermos expressar-nos livremente. Não que lhes interesse ou preocupe, porque ninguém liga, mas a nós sempre vai permitindo ter assunto de conversa diariamente. Senão, íamos falar de quê? Das peças de teatro que não vimos? Dos livros que não comprámos? Do custo da educação dos nossos filhos? Das viagens que nunca faremos? Valha-nos o tempo, que é sempre incerto...

...

Vou resumir a conjuntura, ou o contexto em que se insere, para deixar isso de lado: a crise. É tramada com f, para algumas pessoas chega a ser desesperante, as notícias sucedem-se, a esperança encurta e o pânico instalou-se. Eu sei que são tempos difíceis, passemos ao seguinte.

 

Excluo as pessoas que estão a passar por dificuldades em ter o mais básico das necessidades humanas - seja comida, habitação, o que for, refiro apenas a pessoas que tiveram de se adequar a novos tempos, a novas realidades, e tiveram que ajustar também a forma de viver. Olho para as pessoas à minha volta, e não só, e não consigo perceber como não estão elas sob o efeito de uma droga qualquer que as tire da apatia e angústia em que vivem. Não estou a ser irónica, eu comparo-me com essas pessoas com vidas semelhantes à minha, e não percebo como é que eu estou "agarrada" a medicamentos e elas não... Porque precisam, oh se precisam!

No trânsito, no trabalho, no supermercado, na escola dos filhos, nas aulas de natação, ao encontrar o carteiro, seja onde e a que horas for... As pessoas estão insuportáveis. Revoltadas, tristes, amarguradas, mas passivas, revoltam-se apenas com quem encontram em situação ainda inferior à sua. Vale tudo, é o olho por olho, é o salve-se quem puder. De vez em quando encontram alguém com cancro e dizem "afinal, tenho muita sorte" mas dura apenas até encontrar alguém que possam criticar impunemente, alguém que possam espezinhar.

É tão triste ser adulto neste tempo que se vive e com esta sociedade.

 

 

 

 

 

Há algum tempo atrás a minha grande e querida amida disse-me " Pára de olhar para os outros e querer mudá-los, não tens esse direito. Olha para ti e muda-te a ti. Muda aquilo que podes mudar e pensa em que é que podes mudar a tua vida para seres mais feliz." É um espectáculo, não é? Ela acha que eu não ouço o que ela diz, que não ligo, que não interiorizo, mas estas palavras ficaram a ecoar, a ecoar, e de vez em quando tenho vontade de dizer a alguém como é que as coisas se fazem e lembro-me - não, não vou fazer nada disso. A minha postura é que tem que mudar.

Desde então tenho olhado mais para mim, e sou mais feliz.

E o que eu gosto de boas notícias?

Gosto, pá, pronto! O dia de ontem estava mesmo parvo, tudo sem graça, eu com a neura (e a desejar um copo de vinho...) e, de repente, uma notícia que é mesmo, mesmo, mesmo fixe. Para lá de cinco estrelas.

Precisava(mos) mesmo de boas notícias, que isto de choradinhos e enredos de novela mexicana já cansa. E agora vou fazer a dança da vitória!



O amor na hora do lanche

Está mais ou menos instituído na Empresa onde trabalho que a comida que trazemos é bem comum.( Ou é isto ou eu sou uma alarve de primeira e vou debicando o lanche dos meus colegas, logo, quero acreditar na primeira frase, até porque também partilho o que trago)

Agora estava aqui a lembrar-me que tenho fome e só tenho um pêssego e lembrei-me de ver o que havia no armário comum, e lembrei-me como o amor é lindo.

Sei sempre onde é que o meu colega dormiu na noite anterior pelo lanche que traz de manhã: fruta e uma sandes se dormiu em casa dos pais e é a mamã que faz o lanche (sei que é a mãe porque ele não come fruta, embora a mãe insista); leite com chocolate, sandes e uma barrinha de Kinder, se dormiu em casa da namorada e é ela que prepara a marmita.

Estou curiosa para saber qual o lanche que vamos vai comer depois de casar...{#emotions_dlg.sarcastic}

Diz que é uma espécie de amor

As histórias das pessoas são semelhantes, com enredos comuns, julgamo-nos muito diferentes mas, mais cedo ou mais tarde, todos experimentamos as mesmas sensações, os mesmos fracassos ou os mesmos sucessos, e conhecemos pessoas com quem nos identificamos mais ou menos, de resto, mais vale percebermos que somos todos iguais. Por isso é que não entendo quando me dizem que "nem toda a gente sente da mesma forma que tu" ou "nem toda a gente reage da mesma maneira". Não somos carneiros, nem seguimos em manada sem questionar o caminho mas, independentemente das diferenças na forma, o conteúdo é semelhante.

Que é como quem diz, não é importante que se conheça todas as particularidades de uma pessoa, para que se perceba o que sente, há coisas que são transversais a todas as pessoas, todas as idades, todas as circunstancias, principalmente, quando se gosta de alguém. Sem exceções.