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Rir e Comer Bolachas

Eis a questão

Há coincidências engraçadas, estava a acabar de comentar um post no Pedagogia do terror e recebo um convite para um workshop que calculo ser do género, e veio reforçar a minha renitência, senão vejamos: 45€ por 3 horas, mais deslocação, menos um dia de férias (é em horário laboral) é um custo elevado se não valer realmente a pena. E só sei se valerá a pena se for, porque embora confie na opinião de algumas pessoas, estas coisas têm carácter muito próprio - ou se adequam à nossa realidade ou não.

Pesados todos os fatores, acabo por não ir, mas fica sempre a vontade, ou a curiosidade, porque tenho imensa vontade de ver novas perspectivas, de abordar os assuntos de outra forma e sair da mesmice de pensamentos. Tipo lufada de ar fresco.

 

Relativizar é isto

O meu carro apagou-se. Dei à chave, verifiquei o painel, luzes acesas e nenhum som. Nada. E desta vez tinha gasóleo. Continuo surda - falem-me para o ouvido direito e estão num filme mudo.

Mas depois faço zapping e caio no TLC e penso: sou tão normal e saudável.

Vejam lá se falta alguma coisa, hã? Ainda não estou completamente curvada

O meu imenso catálogo de dores ainda não estava completo, faltava uma que nunca tinha sentido e que até desconfiava não ser tão bera quanto já tinha ouvido dizer.

 

Às 3 da manhã eis que, pela 1ª vez na vida, tive dores de ouvidos - uma coisa estupidamente incómoda, que não se pode massajar, que acabou por inibir a audição daquele lado e que, de vez em quando, faz-me gritar de dor- parecem pequenos choques eléctricos...

 

Não dormi nada de jeito, e depois de levar o miúdo à escola, lá fui visitar o hospital. Toma lá uma otite, vai fazer antibiótico mas a menina não vai a lado nenhum sem baixar a tensão porque está elevadíssima. Tentei explicar que não gosto de hospitais, fico ansiosa, etc e tal, mas a senhora doutora disse que eu posso ter a ansiedade que quiser - a tensão neste estado não tem justificação! Toma lá mais umas coisas para tratar disso (relaxante muscular) e agora vai sentar-te ali a pensar na vida que isso passa-te.

 

Resultado: Noite a dormir pouco e mal + dose cavalar de diazepam = uma moca de sono tão grande, tão grande, tão grande... Que acho que nem me dói o ouvido!

 

 

Ontem

Há meses que não lia um livro, apesar de ter vários que quero muito ler, à noite é mais fácil vegetar em frente à televisão ou computador do que puxar um bocadinho pela cabeça, sim, porque eu gosto de pensar sobre aquilo que leio. E, dado o estado de cansaço e desconcentração, leio a mesma frases vezes seguidas...

 

Ontem "tropecei" num livro que Bolacha Maria emprestou e apeteceu-me. Estava sozinha, sossegada, com a luz perfeita e, enquanto secava o verniz das unhas dos pés, pensei que não era tarde, nem era cedo, era já! Foi até às duas da manhã... que foi quando me lembrei de ver que horas seriam. E fui deitar-me com muita pena de não saber o que iria acontecer, hoje se conseguir fazer tudo o que me comprometi a fazer, lá estarei para ver. A história desenvolve-se à volta de dois jovens recém-licenciados, na idade parva, à procura de mudar o mundo e com as hormonas aos pulos, e vai avançando até à fase realmente adulta, já com alguns percalços e acidentes de percurso. Tive medo que fosse lamechas, não tenho muita pachorra para histórias do género, mas podia ser a história de qualquer pessoa da minha idade. Mais coisa, menos coisa. A verdade é que a vida poucio tem daquilo que pensámos com 18 anos... O que não é necessariamente mau, é apenas diferente. E muito mais imprevisível.

...

Não sou de ter pena de mim, é mais fácil revoltar-me e sentir que não se fez justiça, pena não.

 

Agora tenho, tenho mesmo pena que a vida me trate como tem tratado. Amanhã já estarei bem, (mais que não seja porque a venlafaxina nunca me deixou ficar mal) mas hoje nem sequer é revolta que sinto, não é aquele calor que me move pelo motivo errado, não é a ânsia de mostrar aos outros como estão errados, é apenas um ajuste de contas entre mim e mim. Tenho muita, muita, pena. Acho, sinceramente, que merecia um bocadinho de tranquilidade e um ombro onde descansar a cabeça.

A diferença entre querer e fazer

Não sei se isto acontece a mais alguém mas em mim é comum, tão comum que chateia.

Há alturas em que me sinto descontente, chateada, aborrecida comigo mesma. Dizem que é falta de auto-estima mas eu penso que é outra coisa - não é que não goste de mim, quero é ser uma pessoa melhor.

Há coisas que gosto em mim e de que me orgulho mas depois há coisas que me dificultam a vida, e até as minhas relações interpessoais. Depois cai-me a ficha, dá-me uma epifania, crescem-me super-poderes e estou disposta a tudo... até começar a inventar desculpas, arranjar exceções ou, pura e simplesmente, esquecer-me e voltar a cair no erro.

Um exemplo do que estou a dizer é o peso e a dieta. Há 4 anos atrás eu tinha 55 kilos, a partir dessa altura uma sucessão de acontecimentos e um gosto pela comidinha da boa trouxeram-me até este estado. Muita vez eu disse que mudaria até que comecei a fazer realmente por isso. Por mais que negue, a verdade é só uma e é esta: nunca fiz por isso! Desmotivo-me porque não vejo resultados, e o esforço? O sacrifício? Zero. Se cansaço mental emagrecesse estaria um palito. Entrei numa espiral difícil de entender, e explicar, mas dei o primeiro passo para sair dela.

Há coisas que não posso mudar, coisas que transtornam a minha vida e comprometem o meu bem-estar mas aquilo que posso mudar é a forma como a essas coisas eu reajo. Vai haver atrasos, retrocessos, tentativas e erros neste processo mas começa hoje a minha responsabilização: eu sou responsável pela minha felicidade e definitivamente, quero ser uma pessoa mais feliz!

Cinco coisas aleatórias?...

Pois então, cá vão elas:

 

* Não consigo ver tapetes fora do sitio ou "tortos", vou lá com o pézinho e endireito-os, na minha casa....ou na casa de TODA A GENTE

* Sair de casa ao fim de semana é obrigatório, mesmo que chova a cântaros. Mesmo que esteja um sol de torrar

* Detesto discussões, fico doente com uma discussão e na maioria das vezes sou eu que dou o primeiro passo na tentativa de resolver as coisas.

* Adoro sol

* Gostava de morar à beira de um rio ou riacho

 

Já está...

 

Não vou passar a ninguem, porque ainda não percebi como é que ponho aqui o link (dah, eu sei, sou uma anta!) {#emotions_dlg.blushed}

Cinco coisas e um selo

Desafio aceite! Confesso que não sou muito dada a auto-coisas (auto-críticas, auto-avaliação, etc) mas cinco factos aleatórios sobre mim parece-me simples, é escrever o que me vier à cabeça mais depressa:

 

1 - Tenho uma facilidade extrema, e inútil, para memorizar sequências de números como números de telefone, pin's, matrículas, número de identificação civil e fiscal, números de conta e NIB's... (Sei os meus e de outros também, é doentio!)

 

2 - Sou beijoqueira. Adoro beijos e abraços. Preciso do toque, da presença física de quem gosto. Ao mesmo tempo, são raras as pessoas que cumprimento com beijinhos.

 

3 - Fico rabugenta quando tenho sono. Ou fome.

 

4 - Gosto de poucas pessoas à primeira impressão.

 

5 - Certas caras lembram-me focinhos de animais. Eu sei que isto é mau mas é inconsciente, não é com maldade, nem é por não gostar das pessoas (algumas nem conheço) ou dos animais! Os traços lembram-me animais. Há uma figura pública que me lembra um porco... De tal modo que consigo desconcentrar-me e nem ouvir o que ele diz.

 

Pronto, está feito. Agora falta a Bolacha Maria, não vou desafiar mais ninguém, pode ser não pode? Toma lá um selo e conta à gente cinco coisas!

 

 

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