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Rir e Comer Bolachas

A beleza dos dias de hoje

Depois de vacas, agora vou dissertar acerca de coisas tão ou mais importantes ainda que o mundo animal: a roupa, os tecidos e a magreza.

Começo já por dizer que sou gorda, já fui magra em tempos, fui "cheínha" outros tempos, agora estou obesa. Tenho 1,50m, 70 kgs (e nas mamas devem estar uns 20) e muita fome, logo, qualquer pessoa normal parece-me uma deusa. Uma pessoa magra parece-me doente. Não é inveja, acho que são mesmo os meus olhos que se habituaram à... grandeza, vá.

 

 

A minha irmã e sobrinha mais velha andavam há que tempos a falar de um programa que gostavam de ver, onde se faziam mudanças de visual e vestuário a pessoas muito necessitadas, e gostavam muito porque riam e tal, e de caminho ainda conseguiam aprender alguma coisita. Mal sabia eu que, afinal, também tenho este canal... Agora que vou vendo alguns, percebo o que me diziam acerca do corte, do tecido, dos padrões, e vou ficando mais atenta porque quando tinha 52 kgs bem proporcionados qualquer farrapo que vestisse ficava lindamente, agora que pareço um barril com dois bracinhos tenho que ter muito mais cuidado.

 

Tendo isto em conta, pensei duas coisas. Minto, pensei três coisas:

1 - Parar de engordar e perder peso (mesmo);

2 - Mudar de lojas habituais - Não vou encontrar coisinhas catitas na Mango, Zara e afins

3 - Comprar melhor - Nem sempre um conjunto de 3 t-shirts por 15,00€ é uma melhor compra que apenas uma pelo mesmo valor.

 

E lá andei a passear na net, a título informativo porque não posso gastar um tostãozinho que seja, e mandei-me à Massimo Dutti. E gostei, sim senhor, que tem coisas muito jeitosas mas aquilo que me lembro de ver são os manequins... Se antes morria de amores, e a seguir de tristeza, por uma carrada de coisas que ficavam a matar (credo, tanto matar que vai para aqui) na manequim, agora não tenho vontade de vestir nada. Ainda bem para mim. Aquelas senhoras não têm barriga, não têm ventre, intestinos, nada, nadinha? E aquelas perninhas, tão magras e feias,  não parecem que se vão partir ou entortar? E metem os pés para dentro, ou o corpo para a frente ou lá o que é...

Digam lá que não dá vontade de ir fazer uma sopinha à senhora, sem batata claro!, só para lhe confortar o espírito... E o estômago também. Vê-se o belo do osso mas nem peito a senhora tem... E diz que isto é bonito? Onde, senhores?

 

 

 

Pronto, e é isto. Mas o vestido é bonito.

As vacas da minha terra

(Queiram desculpar o tema mas isto é o que de mais interessante se passa na minha vida de momento)

 

As vacas da minha terra pastam todas viradas para o mesmo lado.

Sem lirismos nem segundos sentidos, falo de animais a ruminar erva: as vacas estão todas viradas no mesmo sentido enquanto pastam... Não tirei foto para documentar a cena porque não tenho jeitinho nenhum para a coisa mas que é caricato, é. Já passei várias vezes no mesmo sitio só para constatar que não são casos pontuais.

Acabadinho de ler

Lê-se de um fôlego!...

 

 

                                                                                                                                                                                                                                  

Uma questão de fé

Há uns tempos atrás a minha irmã andava a queixar-se das pessoas, que eram egoístas, que não davam valor ao que fazemos, que acham que a nós nada custa e as suas próprias dores são sempre mais dolorosas que as nossas, que para nós tudo é obrigação mas ninguém sente qualquer dever e que, se guardamos tempo para nos preocuparmos com o bem-estar de alguém e dar-lhe atenção é porque o temos em excesso e não por outro motivo. Eu, sem argumentos para contrariar, perguntei-lhe porque não íamos à missa, afinal, sempre nos fez bem, vínhamos mais tranquilas, mais tolerantes e pareceu-me uma solução. Nunca mais me esqueci da resposta! "Não. Não vou, vai tu. Depois saio de lá a pensar que tenho que perdoar, que não devo ser assim, e esqueço isto tudo, e não me apetece!"

 

E é isto. Às vezes não apetece perdoar, pelo menos, não imediatamente.

Voltei!

Não é que tenha ido a algum lado, a minha ausência deveu-se ao excesso de trabalho e falta de novidades. À noite ligo o computador, leio muita coisa, visito os meus blogues de eleição e não tenho tido vontade de escrever nada. É aborrecido escrever mais queixinhas da vida e, como tal, poupei-nos a esse martírio.

 

Pelo menos à maior parte...

Já que estamos numa de desabafo

vou só contar o que me perguntaram na farmácia, depois de ter pedido a pílula anticoncepcional: "Já tomou alguma vez?"

Não era a farmácia onde habitualmente vou mas que pergunta era aquela? Será que tenho cara de teenager (cof,cof) e a senhora quis ser uma querida? "Ah, ia só explicar-lhe quais são os possíveis efeitos secundários..."

 

Certinho.{#emotions_dlg.hide}

Uma pessoa a queixar-se que "são umas bestas" e depois aparece-me esta senhora, muito... solícita. Talvez demasiado, mas isso sou eu que sou esquisita.

 

Será da chuva?

Pergunta

Mas porque é que a esta hora ainda tenho mais um dia e meio de trabalho pela frente?

 

Reformulo. Mas porque é que a esta hora já me dói o pescoço (tensão nervosa) e a minha secretária continua com o tampo escondido e o trabalho continua a chegar? Ah, sendo TUDO urgente.

 

Não sou mal agradecida, fico muito contente por ter trabalho! A sério que fico.

 

Não precisava era de aparecer todo na mesma semana...Eu pareço uma galinha tonta, arremelgo os olhos em vez de mexer os dedos, pego num papel largo outro, lembro-me de outro largo tudo e vou buscar aquele... Ai a minha vidinha!

 

(Nem comi durante a tarde)

Da mudança

Às vezes cobram-nos a mudança, qualquer mudança, como se se tratasse de uma falha no nosso percurso, que temos que assumir, e corrigir para voltar a ser como era. Como se o facto de mudar alguma coisa, ou pequenas coisas, abalasse quem somos.

 

"Ah e tal, não eras assim", "não te imaginava a dizer isso", "tornaste-te uma pessoa diferente", são acusações que já todos ouvimos. Como se não fosse natural. Todos os dias somos influenciados por tudo aquilo que nos rodeia, seja pela comunicação social, seja pelos nossos filhos, pelos amigos, pelos desconhecidos que passam por nós na rua... Todos os dias agimos e reagimos, e se isso não modifica a nossa essência, modifica pequenas coisas que nos permitem (sobre)viver.

 

As pessoas habituam-se a ver-nos da forma que lhes é mais conveniente, habituam-se ao cuidado, à atenção, e se lhes falta deixamos de ser a pessoa que éramos antes para passarmos a ser "egoístas", "mau-feitio", esquecem-se que somos exactamente a mesma pessoa, mas passámos a reagir a qualquer coisa. E a mudança é benéfica para alguém, muitas vezes, nós próprios, não os outros. Aquilo que somos e damos aos outros não é uma promessa, nem um contrato vitalício, é uma demonstração daquilo que também podemos ser e dar, mas esperamos retorno. Não fazemos com essa intenção mas é óbvio que esperamos retorno, pode não ser da mesma forma, nem na mesma altura, mas esperamos que nos retribuam o que fazemos, especialmente se o fizemos com e por gosto, porque é no retorno que podemos identificar o mesmo cuidado para com a nossa pessoa.

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