Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rir e Comer Bolachas

E é isto.

Ontem, à hora de almoço e depois de uma manhã difícil, a Bolacha Maria deu-me um caderno e disse que era o início de uma nova era, datou e sentenciou que o meu problema é falta de organização. Teria, portanto, a missão de escrever no caderno tudo o que era importante, para não esquecer e desocupar a mente. Ontem foi um dia daqueles em que nos sentimos sozinhos no mundo, que nenhuma palavra é a certa, e sentimos um chuto no rabo de cada vez que alguém se mexe.

 

Hoje, já com a poeira assente, vejo que o vaticínio estava certíssimo, o dia de ontem foi um marco. O dia de hoje foi o mais difícil, por onde começar? As prioridades confundem-se facilmente e eu tenho tendência para me dispersar...

 

Comecei pela caixa de papel: 3 anos de recibos de agua, luz e gás - tudo arrumado em pastas, separados por categorias e por meses. Os recibos necessários à entrega da declaração de IRS estão separados numa pasta, embora ainda por organizar e somar. Guardei os restantes recibos (seguros, tv cabo, net, etc) porque posso continuar noutro dia. Saber quando parar é uma arte. Passei a ferro alguns espécimes de roupa, só para verificar se funciona, se está tudo em ordem... Para segunda-feira continuar. Limpei a cozinha e organizei o frigorífico e congelador. Limpei a casa de banho e destralhei as maquilhagens. Mais de metade no lixo, por validade expirada.

 

O resto do fim de semana é para fazer o que me apetecer, quer seja ver séries até à exaustão ou organizar o quarto do Dinis, a ideia é fazer apenas o que me apetece e não fazer pela culpa de ter tempo livre.

Neste momento, estou a destralhar a cabeça.:)

A juntar à chuvinha

Vai ser um fim de semana caseirinho! Tenho para mim que vai ser série atrás de série, e um livrinho pelo meio. Só é pena começar apenas no sábado à tarde, de manhã há jogo de futebol para a criança e trabalhinho para a mãe.

Bom fim de semana e aproveitem!

Não há-de ser por isto

Afinal, a razão deste cansaço são os sapatos, uma caixa de recuerdos e uma balança que tenho debaixo da cama! Uma pessoa aqui a penar, a queixar-se e a sofrer aos pedacinhos e a solução era tão simples!

 

Quem o diz é o Feng Shui, que parece ser muito simpático (e complicadinho também), que aconselha a tirar tudo debaixo da cama para ter um sono tranquilo e fluído, para circularem as energias. A minha mãe também já me tinha dito a mesma coisa mas era só para não ser desorganizada, nem acumular pó...  Quanto à caixa, devo desfazer-me dela por fazer parte do passado e não haver estagnação. Vem, por mim tudo bem,  são cartas de amigas (com respetivos problemas gravíssimos próprios de 16 anos) e já valeram muitas gargalhadas, mas de facto, acumulam pó e é mais uma coisa para limpar. Se acredito ou não são outros quinhentos, mal não fará! Só não me digam que guardamos as recordações conosco... No caso destas, estavam esquecidas! E ainda bem!{#emotions_dlg.blink}

Afinal era a mais, não a menos...

O meu metro e meio de altura é muito mais inteligente que a minha capacidade de decisão. Tenho anos de conhecimento, de vivência, mas nunca sei quando parar... Felizmente, o meu corpo sabe, e fá-lo em grande estilo - simplesmente pára, não totalmente que não morri, adormeço. Completa e profundamente. Aconteceu ontem às 10 da noite. E era uma noite tão boa para aproveitar a destralhar.

 

Se eu nada acrescentasse, vocês pensariam que trabalho que me farto, até à exaustão, nunca tenho tempo para o que quero fazer, passo os dias a correr e esgoto-me porque não sei parar antes. E estaria quase certo, não fosse acontecer isto tudo MAS tenho roupa para passar a ferro ( não são 4 ou 5 peças, é uma pilha!), roupa para arrumar, lençóis para mudar, etc. Errrr... Canso-me a fazer o quê, então? Pois, não sei. Sei, pronto. Passo horas (horas!!!) a vegetar em frente à televisão ou ao computador (o raio da Internet é um mundo fantástico, há coisas incríveis, gente que escreve maravilhosamente, ideias giras, fotos fantásticas, informação a rodos...). Passo horas a elaborar esquemas de organização, a ver fotos de móveis arrumadinhos, a ler sobre minimalismo, a aprender a não procrastinar (ahahahahahah) e a verdade, verdadinha é que isto cansa. Cansa e mata tempo.

 

Tenho a teoria toda, eu diria que tenho demasiada teoria, e prática? Pois, está caroço! Vem a lenga-lenga do costume, é que há vida, literalmente, para além da casa, não é? Uma criança para educar, trabalhos de casa para ver, um marido a querer conversar, entretanto olho para as unhas e vejo a besunguice a que isto chegou, e sexo? Então e sexo, que é uma coisa tão importante para o casal e até faz bem à pele, e ao humor?

 

Moral da história:

- não tenho falta de tempo, tenho tempo a mais. Tenho tanto tempo que só faço parvoíces com ele.

- tenho (temos todos) roupa a mais, só assim se justifica tanta roupa para passar (tenho 5 gavetas na cozinha, 3 delas têm panos de cozinha e agora pergunto, para quê?)

- se tenho roupa a mais, gasto mais luz, mais detergente, mais água, mais espaço, mais móveis

 

 

A soma

Muni-me de coragem e, assim que cheguei a casa ontem, despejei os papeis em cima da mesa de jantar (a única que tenho). Fui fazendo pilhas (que bem se adequa esta palavrinha) a separar por temas: edp, água, supermercado, despesas de educação, farmácia, etc. A meio deu-me vontade de chorar, aqueles papeis somavam o dinheiro que não tenho. Aquilo que trabalhei e não tenho.

 

 

Eu sei que há gente em pior situação, sem casa, sem emprego, o mais importante é ter saúde, e tudo isso, eu sei. Mas revolta trabalhar há tantos anos, e não ter um tostão furado, e passar os dias a pagar isto, pagar aquilo. Cansa. Depois ligo a televisão e ouço que "gastámos demasiado" durante anos... Caramba! Gastámos, não, gastaram! E não pagam, pagamos. Se tem que ser, em que ser, mas deviam ter mais respeito e não fazerem de nós mais burros ainda!

 

E agora que já fiz as queixinhas que precisava, vou meter mãos à obra... Há muito ainda para fazer. Tenho que encontrar soluções (e motivação) para os meus casos bicudos.

 

 

Esta é polémica!

Cheguei a escrever sobre o assunto: madrastas e padrastos. Mudei de opinião. Se antes achava uma injustiça o preconceito, difundido pelas histórias infantis, hoje não defendo ninguém.

Para ser sincera até tenho que ir mais longe (já estou a sentir no lombo as pedras que me vão atirar): as madrastas são um problema. O parentesco já não ajuda nadinha, o facto de serem mulheres... ui! Ca-medo! São umas metediças, acham que também têm que participar na educação (e fazem sempre, sempre, melhor que a mãe - essa grande cabra!).

 

 

...

 

 

 

 

...

 

 

 

 

 

(Pausa para pensar friamente)

 

 

 

...

 

 

 

 

 

...

 

 

 

Se calhar foi o meu filho que teve pouca sorte...

Também sou madrasta, e sou fixolas! Nunca disse ser modesta, ok?

Depois da epifania, arregaçar as mangas!

Que é como quem diz, mudar o que há para mudar.

Se levei muito tempo a chegar a este ponto, era bom que não me esquecesse que não posso mudar tudo o que quero em dois dias ou três, tenho que me focar e não dispersar-me como é habitual (até pensei em criar um novo blog para o tema...).

 

 

Uma coisa de cada vez e cada coisa no sítio que lhe pertence.

O que me preocupa mais neste momento? Falta de dinheiro. Já nem se trata de poupar, ando já a correr atrás do prejuízo! Bater com a cabeça nas paredes não adianta, fingir que vai passar da noite para o dia também não, é preciso soluções. Cortar, cortar, cortar foi a estratégia nº1 mas já não é suficiente. Nº2 - não comprar mais. Não é nunca mais, é não ir logo que as coisas que utilizo/ava acabam. Exemplo: Já lavei o chão com uma mistura de água e vinagre porque faltou o detergente habitual... Sejamos frontais, o chão não estava assim tão sujo! É tijoleira, dentro de um apartamento, e andamos calçados com chinelos ou meias dentro de casa... Não ficou a cheirar bem? Se calhar não, mas eu não tenho olfacto.{#emotions_dlg.sarcastic}

A epifania

Passo a vida cansada, aborrecida, zangada, revoltada: o dinheiro, ou a falta dele, tira-me saúde e tranquilidade, e julgava que a depressão que tive há três anos e tal tinha levado o resto das coisas boas que faziam parte da pessoa que eu era, e de quem gostava. Claro que tenho dias bons, semanas boas, muitas vezes nem se nota o meu constante descontentamento, uma faculdade que venho a desenvolver cada vez melhor.

Mas sabem aqueles cliques que se dão de vez em quando? Quando nos cai a ficha e vemos, claramente, aquilo que nunca percebemos antes? Quando tudo faz sentido e vemos a luz? Pois foi ontem que se deu a minha epifania. Tenho que me refrear para não desatar a mudar móveis de sítio, cortar novamente o cabelo ou pintá-lo mais escuro, dar a minha roupa toda, e por aí fora... Até porque aquilo que percebi foi que a raiz de tudo, a subtração dos problemas, a causa ou causadora é simples: sou eu. Sem vitimizações, nada de "ah e tal, o problema sou eu que sou burra", porque o problema está, de facto, em mim. Tenho andado a praticar o destralhamento o casa, ou a tentar, vá, é que aquilo não vai lá com duas cantigas, mas só agora percebi que o destralhamento da minha cabeça é bem mais importante. Há ideias, crenças, vícios, rotinas para eliminar.

Tenho andado à procura da pessoa que já fui, tão mais alegre, tão leve, tão brilhante... Estava soterrada, coitadita, em tralha emocional.

Oh que caraças!

Ando cansada. Não descanso enquanto durmo, e durmo imenso. Em duas semanas, em sonhos note-se bem, já vi morrer a minha irmã, o meu irmão (este até tinha dois corpos!), perdi-me no meio de lado nenhum e fui ter a casa de desconhecidos, durante uma noite escura,  andei a varrer migalhas em casa de uma tia que raramente vejo, eu sei lá. Quando acordo só me apetece dormir, e na impossibilidade disso, meter a boca onde sai o café da máquina e ali ficar até me sentir uma pessoa normal.

Tenho a cabeça com uma sensação estranha, não é dor, é como se fosse um peso; tenho duas auréolas pretas à volta dos olhos, parece que me bateram, que levei dois murros nos olhos! Não sei o quê mas preciso de fazer alguma coisa para resolver isto. Por agora, vou verificar as maravilhas da maquilhagem... Mesmo que o efeito visual não seja o melhor, pode ser que eu me sinta gente outra vez.

olheirasimagem retirada do Google Images

Pág. 1/5