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Rir e Comer Bolachas

O drama das prendas

Nem é apenas no Natal, é sempre. Penso no que quero comprar, procuro e procuro, compro, acho que é uma óptima escolha e espero que chegue o dia. O drama começa nos dias seguintes, enquanto o dia D não chega, começo a pensar que, afinal, talvez não seja tão espetacular como eu pensei. Que, se calhar, eu gosto mas a pessoa não sou eu e não vai gostar. Se calhar, vai achar parvo. Ou pouco. 

Ainda falta tanto para o Natal... Glup.

Eu, as férias e as boas decisões que tomo

Era suposto ir de férias em setembro, duas semaninhas antes do início do ano letivo mas chegou-se a altura e eu, apesar de cansada, andava de coração partido e não queria estar em casa a pensar no assunto. Podia sair e divertir-me e tal mas isso funciona é na ficção porque na vida real andava sempre a pensar no mesmo. Entretanto, o cansaço já pedia uns dias em casa e eu marquei uns dias para depois do natal e até à passagem de ano. Entretanto, mudei de ideias outra vez... Eu sei, sou uma canseira. Com viagem marcada para janeiro dá-me jeito trabalhar e não estar a dormir até tarde, conforme sonhei tanto. 

Moral da história: ando tão cansadaaaaaaaaaa e tenho tanto trabalho que até me dá vontade de chorar. Principalmente, quando o despertador toca.

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Calendário do Advento

A Bolacha Maria foi a 1º a falar no assunto e eu não lhe dei muita importância, mas agora, e já atrasada, a ideia parece-me bem - fazer um calendário do Advento. Queria que fosse uma coisa bonita, com significado, alguma coisa que nos obrigasse a sairmos de nós mesmos e de olhar apenas para o nosso umbigo, alguma coisa que implicasse um sacrifício, alguma dificuldade. Já é dia 1, eu sei, mas continuo a digerir a ideia.

Está aberta a época da tortura!

Os aniversários das sobrinhas e Natal é pior que tortura chinesa. Uma pessoa passa horas e horas a pensar no que vai comprar, tem uma ideia fabulosa e compra e depois conta os dias para poder entregar a quem de direito. Chego a pedir que me peçam pistas!... Que faço questão de aldrabar para não adivinharem!

Como tenho muito tempo para pensar no assunto, fico com dúvidas. Será que vai gostar? Será que vai perceber qual foi a ideia? Será que acha que foi em último recurso? Ou então o contrário: de tão genial que me acho, fico em pulgas para ver a surpresa de quem vai receber.

Uma tortura, é o que vos digo. Nem sei como aguento.

Tardou mas não falhou!

Este ano comecei a dizer que queria fazer a árvore de natal cedo, nos anos anteriores costumava fazer no feriado de dia 1, como este ano não havia feriado (até calhou ao domingo mas isso não interessa nada) não fiz. Andei a queixar-me que a arrecadação era longe, um dia estava frio, no outro doía-me qualquer coisa, no outro era outra dor qualquer, e o tempo a passar.

Ontem foi o dia. E o decorador de ambientes foi o Dinis, que refila, refila (faz parte do ritual dele), mas adora decorar a árvore. Assim mal se nota mas a árvore está tão aldrabada... Só tem luzes e enfeites na parte da frente porque são poucos, as fitas são mais velhas que ele que tem onze anos, os ramos estão cada vez mais despidos mas ficou bonita. Ontem, já no silêncio dei-me conta que todos os enfeites têm uma história, a maioria feitos pelos Dinis nos anos de infantário e ATL, outros oferecidos pelos meus sobrinhos, e a rena que o meu gajo ofereceu por cantar música de natal e saber-me doida por estas pirosices. E é assim que percebo que jamais seria minimalista, porque há recordações que me sabe bem ver e tocar.

Claro que parece Natal!

Mesmo sem as ruas iluminadas, com menos prendas ou sem elas, mesmo sem melhores perspectivas para o próximo ano, é Natal. Não custa sorrir e sermos felizes com o que temos!

 

Recado para os stressados, com casas cheias, bacalhau para demolhar e sonhos para embrulhar em canela e açucar: aproveitem as pessoas! A companhia, a conversa, a partilha é muito mais que a comida - ninguém se lembra do que comeu em 2010 mas certas recordações durarão uma vida. Por isso, tenham lá calma, sim? Que daqui a pouco é dia 25 à tardinha, já passou a euforia, e a oportunidade de viver esta quadra já passou.

A minha lista aumentou em vez de diminuir

Isto é o que ouço enquanto escrevo, para o caso de quererem saber

Durante a hora de almoço falava-se das prendas de Natal, dos custos e pergunta a minha irmã "Mas tens assim tantas prendas para dar?". Inicialmente disse que não comprava prendas para ninguém mas depois de pensar melhor acerca do assunto decidi oferecer os tais presentinhos caseiros; gosto demasiado do Natal para deixar a coisa assim "em branco".

 

Posso dizer que deixou de ser uma obrigação para ser um prazer. Não foi tão fácil quanto seria se tivesse jeitinho e mais imaginação mas acabou por ser engraçado criar qualquer coisa, embelezar, provar, experimentar, imaginar as cores e as formas, por saber quem receberia. Totalmente diferente do entra e sai de loja, fila para embrulhos, cartão multibanco a passar e nós a fazer conta às lembranças. Que serão logo esquecidas.

 

Curiosamente, acabei por acrescentar pessoas à minha lista, daí a pergunta da minha irmã. Porque o custo, embora não tão barato quanto imaginei, é inferior ao prazer de dar, e provavelmente ao de receber. Porque não custa mimar outra pessoa, ou agradecer um gesto que teve connosco, ou simplesmente dizermos que nos lembrámos... É isto o Natal, não é? Sairmos da nossa casca e protecções várias para ir ao encontro de alguém.Não é agora que faz mais falta? As pessoas andam tão tristes, tão sós, tão desanimadas. O que faço não vai mudar isso, eu sei, mas durante uns minutos pensam noutra coisa.

 

Resolvi, então, que pessoas que não recebem habitualmente presentes nossos (porque é um presente familiar) vão receber. Para saberem que nos lembrámos, e para que se lembrem também de nós enquanto os saboreiam.

Presentes caseiros ( ou homemade para soar mais fino)

 

 

 

 

Ora cá estão elas! As minhas prendas caseiras, feitas com muito carinho e espírito natalício, e claro, muito esforço porque não fui brindada à nascença com talento para manualidades. Fiquei só com o tal que me permite imaginar focinhos em cara de certas pessoas. Adiante.

As fotos têm a qualidade que têm, o expert na matéria é o marido e eu não pretendo fazer-lhe concorrência de modo que é isto. O sono também não ajuda, confesso. Por causa das minhas aventuras com a TMN, que ficarão para contar noutro post depois de tomar um xanax, não consigo carregar mais foto nenhuma... Lamento.

Portanto, de cima para baixo:

1- frascos de doce de pêra e massa de pimentão

2- cabaz, versão gourmet, já pronto para entregar (é o único que não é em tecido)

3- cestinhos em tecido, feitos pela M., que vão albergar os presentes (que deixei do lado de fora para verem)

 

Nota de autor: Detesto celofane. Queria muito fazer estas coisas mas pensar que ia enfiar isto tudo dentro de papel celofane estava a dar-me cabo dos nervos! Gostei muito da alternativa que imaginei.