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Rir e Comer Bolachas

Vidinha de todos os dias

Há uns dias falava com uma amiga e ela perguntava-me como tinha sido o desfecho de uma situação de que tínhamos falado antes, eu respondi-lhe que não havia desfecho ainda mas que tinha havido mais desenvolvimentos. Ela respondeu que sou um poço de acontecimentos. É um facto. Às vezes, tenho a sensação de que a vida é uma montanha russa, que corre acelerada e imprevisível, quase nem nos deixa respirar mas que, aproveitando a metáfora, anda num circuito fechado e que não muda tanto assim. Dá muitas voltas mas acaba, invariavelmente, no mesmo ponto de partida. 

Seja isto verdade ou ilusão de óptica, acho que se vive tudo demasiado depressa. Os dias passam demasiado depressa, as semanas voam, tão depressa estamos no pico do inverno como estamos estendidos numa praia qualquer. Tenho vontade de parar um bocadinho, de viver devagar, não é de parar de trabalhar ou tirar férias, não, é mesmo atrasar só um bocadinho a velocidade das coisas. É ter tempo para escrever no blog mas sem stressar porque o mesmo tempo faz falta em outra coisa qualquer. É ter tempo para esplanadar com as amigas, a falar de coisas parvas e/ou muito sérias e não ter me sentir culpada por estar a faltar em qualquer outra área da minha vida. 

Nos últimos tempos, tenho dedicado o meu tempo a mim. Comecei a correr, faço exercício regular semanalmente e ando, permanentemente, cansada ou a faltar em alguma coisa. Ou tenho uma montanha de roupa para passar a ferro ou demoro 3 meses a ler um capítulo de um livro. Só me apercebo como um mês passou sem que desse conta quando percebo que tenho que voltar à farmácia e comprar mais uma caixa de medicamento para um mês, quando achava que tinha lá ido, no máximo, há duas semanas atrás...

Não quero parar este carrossel, ou montanha russa, gosto muito de cá andar, gostava apenas de poder desfrutar.

Quer-me parecer que é necessário fazer escolhas e abandonar algumas coisas.