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Rir e Comer Bolachas

Natal 2015

Normalmente recebo chocolates mas, depois de passar meses a dizer que vou acabar os meus dias sozinha, com uma data de gatos e alcoólica, neste natal estou a receber vinho tinto. Do bom.

 

Feliz Natal, pessoas. Que estes dias sejam cheios de amor, de esperança e muita saúdinha da boa!

Perspetivas

Conversa com a minha irmã:

Eu - Recebi mais uns chocolates, agora foi do ... (colega de trabalho, que conheço há mais de dez anos). Não estava nada à espera...

Ela - Pensou "Olha, afinal ela é uma pessoa..."

 

Conversa com a Gabriela:

Eu - Ela adorou a prenda.

Gabi - Ainda bem. És uma choninhas.

 

Sou uma incompreendida. Vou ali para o canto chorar um bocadinho e depois volto cá para desejar um bom natal, como boa choninhas que sou.

Gabriela, tu querias dizer choninhas sem h, não era?

 

...

Há dias em que sinto que tudo o que faço é inútil, que não tem valor, que pareço um rato na roda e que, faça o que fizer, tudo há-de acabar da mesma forma - mal. No entanto, existem outros dias, em que estou atenta a detalhes e percebo que fiz a diferença, para melhor, e que as pessoas não são todas iguais. Às vezes, muito raramente, aparece alguém a quem vale a pena nos darmos.

Paciência

Não tenho nenhuma certeza absoluta nas  minhas crenças, vou acreditando e seguindo aquilo que me faz sentido, aquilo que sinto no momento, como tal, nunca nego uma teoria. Não sei se existem várias vidas para além da morte, acredito numa porque sou católica, mas a ideia de que cá voltamos várias vezes, com missões ou coisas para aprender, não me custa a aceitar, até pode fazer algum sentido. Se assim é, estou convencida que vim cá para aprender a ter paciência. E devo cá voltar, não me parece que consiga aprender numa vida só.

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No Natal não gosto:

- de gente que reclama do dinheiro que se gasta nas prendas, do tempo que se perde, do desgaste que é, blá, blá, blá, e depois entrega-me um embrulhinho. Dá-me vontade de dizer obrigadinha, mas não quero, se causou tal transtorno não foi comprado com o coração, com intenção de me fazer feliz. Ah e tal mas dá uma trabalheira dos diabos, e gastam-se rios de dinheiro, e compramos prendas por obrigação para certas pessoas. Sim, está bem, mas não gosto de me sentir essas certas pessoas. Comprem-me um pacote de sugus que eu fico satisfeita, mas comprem-no com gosto, caso contrário, dispenso a minha e passo ao próximo.

Temos ou não temos a capacidade de mudar o que nos rodeia?

Há uns tempos, li algures uma frase que dizia qualquer coisa "muda o que pensas acerca das coisas e as coisas mudam" e aquilo fez sentido, encaixou. Decidi experimentar. Não é uma coisa que faça naturalmente mas vou tentando não viciar a minha opinião, não reagir por instinto, dar o benefício da dúvida e esperar para ver o que acontece. Acho que a única coisa que mudou foi mesmo a minha forma de ver as coisas. Admito que sou preconceituosa e tenho certas crenças, frutos de uma vida tão vivida, que me impedem de ver as coisas como são, mas sim, como eu acho que são e como vão acabar. Salto logo para o final, portanto. Decidi que não ia ser assim, ia ver tudo como se fosse pela primeira vez, se ficar na defensiva, de mente aberta.

De um modo geral, já posso dizer que as pessoas não mudaram mas eu sim, desde que me permiti ser mais simpática, mais bem disposta, sinto-me mais tolerante e mais tranquila. O senhor do supermercado já conta anedotas, o da bomba de combustível já "embirra" com qualquer coisa que faço só pela piada de me ouvir refilar e dizem-me, com frequência, que estou mais bonita, mais leve, mais solta, sem que eu pergunte ou comente alguma mudança em mim. Não é extraordinário?

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