Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rir e Comer Bolachas

...

Os dias passam a correr, cheios de afazeres e nada digno de registo, todos diferentes e, no entanto, todos iguais. Fins de semana iguais aos anteriores - se faz sol, lava-se e estende-se roupa, sacodem-se tapetes, faz-se almoço e jantar, bebe-se um cafezinho mais demorado e dormita-se no sofá; se chove, lava-se e estende-se roupa, que não enxuga e só estorva, sacodem-se tapetes, faz-se almoço e jantar, bebe-se um cafezinho mais demorado e dormita-se no sofá. O dinheiro, ou falta dele, não permite grandes aventuras e o cansaço dos dias pesa-me, faz-me faltar a criatividade, e muitas vezes até a vontade, de planear coisas giras sem custos.

E assim vai a vida. Nem bem nem mal, como se estivesse em pausa mas sem parar. Quero vir aqui e escrever mas dos dedos não saem palavras com interesse, eu mesma sinto que não tenho nada para dizer. De tanto calar por não ter com quem dividir, acabei por desaprender de partilhar, acho que aquilo que tenho para dizer não tem interesse suficiente que justifique fazê-lo. E assim vão os meus dias. Vazios de palavras ditas ou escritas.

Tirania dos tempos modernos

Há dias, enquanto almoçava, toca o telemóvel. Tirei-o da mala, calculei quem fosse e não atendi. Estava a almoçar e só me dei ao trabalho de ver quem era porque podia ser o meu filho ou outro alguém importante, mas não era, era a Deco-Proteste. Já disse que não queria aproveitar promoção nenhuma, nem assinatura disto ou daquilo, já pedi para ligarem depois das 20h mas não adianta. De maneira que não atendi. A minha mana, que estava a almoçar comigo, estranhou e perguntou "Não atendes?", respondi que não, ficou a olhar para mim como se eu fosse um bicho esquisito...

Porque é que tenho obrigação de atender o telefone? Nem sempre quero, nem sempre tenho vontade de atender uma chamada. Estar contactável não quer dizer estar disponível. Embora esta chamada tenha sido um caso isolado, porque normalmente atendo por saber que o meu filho não está comigo e pode ser da escola, ou porque o meu pai está internado e pode ser da unidade de cuidados, ou casos semelhantes, é errado pensar que tenho obrigação de atender. E isto não é um pensamento assim tão estranho porque vejo várias pessoas revirarem os olhos quando o telefone toca. Ou até falarem com ele, tipo "Tu, outra vez???" ou "Opá, o que esta quer agora?".

Não atendo sempre mas retorno as chamadas quando estou, de facto, disponível. Pelo menos, para quem quero.

Vinde lá outubro!

Esta manhã recebi uma sms da minha irmã (há gente que acorda cheia de genica e bom humor) a lembrar que hoje é o início de um novo desafio. Meu, dela e de uma prima - as gordas da família, perdão, as gordas em remissão. Ah e tal, mas vocês passam a vida nisso. E passamos, sim senhora, e recaímos muitas vezes, mas hoje é dia de copo meio cheio, e se é certo que falhámos muito, também é certo que conseguimos várias lutas. Talvez nunca tenhamos chegado ao objetivo final mas estamos muito longe do ponto em que começámos, em qualquer dos desafios que nos propusémos.

Hoje até o Sapo mudou... Só pode ser um sinal!:) (Quando tiver um tempinho, lá para 2016, também quero mudar o template. Está uma seca...)

Venha de lá esse outubro, somos 3. E de peso.