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Rir e Comer Bolachas

Resoluções de ano novo (do ano passado)

Na passagem de ano 2012/2013 inventámos uma nova tradição: fazer uma lista de objetivos, concretos e exequíveis, para o ano vindouro para depois, na passagem do ano seguinte, revermos o que tínhamos escrito e alcançado. Metemos tudo num frasquinho, foi selado e tudo, e em Dezembro passado lá estávamos nós a abrir.

 

Quase ninguém se lembrava do que tinha escrito, logo, era difícil ter concretizado algo que nem se sabia ao certo o que era. Só isto já mostra que, aquilo que consideramos importante num determinado momento, pode deixar de o ser a qualquer instante e passados meses já nem nos lembramos. Lá fomos lendo, uma pessoa de cada vez, e aferindo os resultados.

 

O meu papelinho dizia:

 

- Ter mais paciência para o Dinis (era o único que me lembrava)

- Perder 10 Kgs (até nova abertura de frasco/ano novo)

- Ser mais organizada e deixar de viver no caos

- (bolas! esqueci-me de um... conto depois se me lembrar entretanto)

- Agradecer mais e queixar-me menos

 

O que aprendi com o frasco: consegui cumprir todos, à exceção de um. O meu filho diria que não consegui o primeiro mas é mentira - tenho tido mais paciência. Tanta que ainda não o meti de férias forçadas na casa dos avós ou da madrinha...{#emotions_dlg.evil} Fui-me organizando melhor e, embora ainda me esqueça de alguma coisa, sinto que já não vivo na mesma aflição e de coração nas mãos, com a vida (e a casa) do avesso. Também perdi 10 Kgs, coisa que nunca pensei ser possível e até me esqueci que tinha escrito tal coisa. Não só perdi 10 como consegui 12... Entretanto já cá cantam mais 2 em cima do lombo mas já estou a dar conta do recado!

 

Moral da história: o único objetivo que consideraria fácil à partida foi o único que não consegui - agradecer mais e queixar-me menos.

Catarse

Há dois dias que ando com a moral em baixo e, quando assim é, dá-me para questionar tudo. Desde aquilo que como às pessoas que me acompanham, passando pelas escolhas que fiz até aqui. E vejo tudo negro. É uma espécie de catarse, custa um bocadinho mas aproveita-se sempre alguma coisa.

Passado o drama, consigo ver com clareza aquilo que me dói, aquilo que me revolta e consome aos bocadinhos. Como uma lenda que li, trago um saco de batatas podres às costas e não o consigo largar. Mas quero. Só não sei como.

 

Tudo começou com uma das pedras basilares da minha vida. Alguém que me faz falta todos os dias e que nunca pensei ver afastada, a quem chamei desde sempre a minha melhor amiga. No dia em que percebi que esta amizade era unilateral, ou no mínimo não era vivida da mesma forma, sofri um desgosto. Aprendi a viver com isso e afastei-me, para não mais voltar. Mas é a mim que dói. Ainda. Embora seja assunto arrumado na minha cabeça, comecei a verificar que isto é um padrão na minha vida, ou seja, eu dou demasiada importância às pessoas, não tenho o retorno que seria normal (para mim) e afasto-me. E é a mim que dói.

Tenho 35 anos e estou sozinha. Os meus alicerces são a família, fora dela, estou sozinha. Não sou prioridade na vida de ninguém. E é a mim que dói. Quando me dá para o drama, questiono se o problema sou eu, se sou uma pessoa horrível e que não traz qualquer bem aos outros. Choro este mundo e o outro e vou dormir. Quando acordo sei que não, é a mim que dói mas o problema não é meu.

Mais um ciclo (que se confunde com a chegada da primavera e a proximidade do verão)

Ia tendo um fanico quando me pesei no domingo. Há quase um ano comecei a dieta dos 31 dias, que foi o arranque necessário para perder cerca de 10 kgs até ao final do ano 2013. Já não me lembro bem quando foi mas sei que cheguei aos 58,900. Quando se perde tanto peso, e já não engordamos 500 grs com um ferrero rocher, a malta começa a esquecer-se de certas regras, a alarveirar de vez em quando, as pesagens são feitas só quando a culpa pesa mas esquecem-se quando se avista um belo petisco e pronto, lá começam as calças a apertar, os soutiens a não servir e as bochechas a crescer.

 

Ainda não é preocupante, tenho um peso acima do que devo mas nada comparado ao que já tive, de qualquer modo, decidi arregaçar mangas e iniciar um recomeço. Juntei as dietas todas, os detox da moda, as sementes maravilha, as papas de aveia e overnightoats, baralhei bem e decidi comer de forma saudável, regrada, sem dietas loucas e sem exageros. O plano inicial é sopa à noite, muita água e/ou chá durante o dia, diminuir nos habituais arroz, massa, batatas, insistir no frango e perú. Até aqui a coisa faz-se bem mas o meu problema são os lanches... É que eu almoço e fico bem mas duas horas depois começo a olhar para o relógio para ver se já "posso" comer. Um iogurte e uma fruta são coisas muito agradáveis mas sabem a pouco; gelatinas... já não as posso ver; rolinhos de fiambre e uma cenoura... epah, esqueçam lá isso. E o que eu sonho com doces, enquanto não como? Tenho que pensar em encaixar nos lanches as novidades dos detox, ou das sementes, ou da aveia. A verdadeira dificuldade da dieta, qualquer uma, é tudo menos as refeições.

 

Só este paleio todo já me fez uma fomeeee...

 

Regresso!

Eu sei que tenho andado tão constante aqui como o dinheiro na minha conta bancária que, como devem calcular, tão depressa está lá como a seguir "já fostes" maaaaaas desta é que é. Vim para escrever com regularidade, que isto faz-me bem que se farta, e sempre desabafo qualquer coisita que ouvidos para me ouvir, passe a redundância, não abundam por aí.

 

Se se perguntavam onde andava eu, estava aqui. No mesmo sítio de sempre, na mesma vidinha que tenho e com novidades - pois que ando, qual malabarista a equilibrar pratos, a tentar gerir as neuras que tenho, a minha carreira (cof, cof) de mãe e educadora de um filho pré-adolescente, a manter a decisão de maquilhar-me todos os dias e ter um ar apresentável antes de sair de casa, a fazer exercício físico pelo maior número de dias que conseguir e nunca menos de 2x p/ semana, a trabalhar que nem uma doida, a fazer refeições diárias, manter uma casa em mínimos razoáveis de limpeza, e ver a roupa para passar a ferro amontoar-se até ao teto (requer várias técnicas, inclusive do amontoar propriamente dito). Eu sei que há pessoas que fazem isto todos os dias, sem esforço, mas a minha singularidade não me permite andar a imitar super-mulheres.

 

Já consegui implementar umas mudanças (bater na madeira 3x) e isto está a ganhar caminho, sim senhores. Daqui a pouco até me vão ver a tirar fotos a mirtilos e sementes de girassol. Ahpoizé.

Está sol

... e ao contrário de outros dias não me vou meter a lavar e estender roupa. A limpar, armada em formiguinha. A abrir janelas de par em para renovar o ar.

A roupa e a casa bem precisam mas hoje o dia é para mim, para a minha fotossíntese! Preciso de luz, de cor, de estar bem disposta, tranquila. Sou bem capaz de ir pintar as unhas e maquilhar-me para me sentir bonita...

É dia de descanso de corrida (se chamar corrida a correr um minuto e caminhar três ou quatro) mas nada de impede de passear. A pé.