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Rir e Comer Bolachas

Empaticamente, guardo a minha opinião

Tenho um defeito que consiste em teimar em arranjar um lado positivo a quem tem um problema. Ou a sugestionar soluções para algum problema. Ou a desvalorizar alguma coisa para não se sentirem tão mal. Parece inofensivo, ou pode até parecer uma boa atitude mas não é.

Deve ser por isto que nunca percebi bem, percebo agora, o significado da palavra empatia. Mas o que raio era empatia? Simpatia, compreensão, tolerância? Não. É, tão só e apenas aquilo que devo sentir quando me contam um problema, ou quando eu percebo que alguém não está bem - nada. Fechar a minha matraca e apenas ouvir, validar o que a outra pessoa sente. Porque quem está infeliz nem sempre precisa de uma palmadinha nas costas a dizer "isso passa" ou pior "comigo foi pior, isso não é nada comparado com o meu sofrimento".

Às vezes, quase sempre, basta só estarmos lá, e ouvir. Perceber que é um sofrimento legítimo mesmo que não o compreendamos, ou que achemos que se fosse connosco conseguiríamos eliminar. Se não pedem, especificamente, um conselho, uma opinião, uma perspectiva, seja o que for, não vou ser positiva, não vou ser animadora, não vou ser a super-mulher, vou ser empática.

 

Um susto tão grande que me deixou o peito dorido

A Empresa onde trabalho recebeu hoje uma cartinha simpática do Instituto da Segurança Social a informar que se encontrava em dívida a módica quantia de mais de 11.800,00€, como sou eu que tenho a função de entregar os mapas e fazer os respetivos pagamentos ia-me dando um fanico. Como é que se explica a um patrão que nos esquecemos de pagar um mês em cada ano, de 2010 a 2013??

Felizmente, não sei nem vou saber. Já fui confirmar e está tudo pago. Só falta ir aborrecer-me com alguém até anularem este processo (parece que é difícil).

 

Estou ainda em janeiro e já estou a desesperar por férias... O início deste ano tem sido uma loucura: todas as semanas há uma chatice nova, qualquer coisa para me arreliar ou complicar mais a vida. Arre! E eu a dizer que este ano era O ano. Deve ser, deve. Isto promete.

 

Desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/

Desisto.

Assim mesmo, sem rodeios, sem mais tentativas frustradas. Desisto porque não é o mês ideal. Passo os dias, ou melhor, as noites a fazer o possível apenas, a manter a casa em níveis razoáveis. Tenho estado doente, com a paciência do tamanho de uma ervilha e não sei que fenómeno é mas as horas duram menos quando estou em casa. E é isto. Tenho muita, muita pena, mas há mais um desafio falhado... Chiunf.

Da falta de tudo (que há em excesso)

Há uns tempos atrás o meu gajo perguntou-me se podia escrever uma coisa aqui no blog. Seria uma opinião, uma observação, algo do género, e eu acedi. E acabei por nunca escrever porque não me sentia inspirada (tenho andado assim ultimamente, até pensei em fechar o blog) mas hoje, embora não esteja inspirada, vou fazê-lo.

Queria ele que eu escrevesse sobre a falta de civismo das mulheres, nomeadamente nos transportes. Que olham descaradamente para o telemóvel na tentativa de ler o que ele escreve, ou recebe, que levam tudo atrás com malas enormes, que ocupam os lugares de qualquer forma sem se preocuparem com quem já lá está e se tem ou não espaço suficiente, que se atropelam entre si e a toda a gente. Mesmo sem ser nos transportes, na opinião dele as mulheres "estão piores que os homens", são atiradiças e vale tudo, até tirar olhos se preciso for.

Está escrito. Opinião registada.

 

Se penso de igual forma? Mais ou menos. Se ele deteta estas coisas em maior número nas mulheres é apenas porque as mulheres estão em maior número nos transportes públicos, por exemplo. Tem a ver com quantidade e não com o género feminino. Mas concordo que as pessoas, na sua maioria, estão a borrifar-se. Para os outros, para as regras, para a boa educação, para os bons costumes. Estão mais egoístas, mais comodistas. Só pensam em si, no seu próprio bem estar, e são incapazes de sair dos seus próprios umbigos e olhar o outro , nos olhos, e preocupar-se apenas e só com o outro. É visível no supermercado, no trânsito, no local de trabalho, às vezes até debaixo do mesmo. Na era da tecnologia que permite estreitar milhões de quilómetros, em que podemos falar em tempo real e com imagem com alguém que está no outro lado do mundo, vivemos cada vez mais ensimesmados, mais sós.
 Se calhar está na hora de fazer alguma coisa.

Desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/

Tenho falhado redondamente. É a verdade, verdadinha. Podia arranjar aqui 1001 justificações, que até tenho algumas e válidas, mas desconfio que, sem as mesmas justificações, o resultado seria igual.

Este início de ano está a ser aborrecido. Não aconteceu nada de grave mas tem sido uma sucessão de pequenos aborrecimentos e contrariedades que me têm deixado os nervos em franja e o humor na lama. Todos os dias há qualquer coisa, e geralmente não é bom.

De qualquer forma, vou tentar acompanhar o desafio. As limpezas têm-se reduzido ao mínimo mas não vem daí mal ao mundo, podia estar bem pior. Hoje será dia do quarto e da sala e parece-me que vou conseguir. (Assim chegue a horas decentes da consulta médica a que hoje terei que ir)

...

Para ouvir em repeat todo o dia. Para ver se entra no ouvido e na mente, porque há dias difíceis, semanas difíceis, TPM e aborrecimentos afins e eu acredito que ser otimista é, fundamentalmente, uma questão de treino.

Mundo novo

É provável que já aqui tenha escrito que não consigo cheirar. Aconteceu há 11 anos atrás, durante a gravidez mas sem qualquer ligação com a mesma, e foi-me dito que, muito provavelmente, ficaria sem conseguir cheirar o resto da vida. Nem me lembro se fiquei chateada com isso, calculo que não pois não me lembro e os anos foram passando sem que ligasse muito a este sentido. Perguntavam-me muita vez se o paladar era igual e eu respondia que sim, era tudo igual, nem me lembrava que já tinha cheirado.

Muito de vez em quando (um vez por ano?) lá conseguia cheirar por uns segundos e corria até à máquina do café para snifá-la. Há quem beba café, eu ficava a cheirá-lo até já não conseguir mais... Mas parece que a coisa mudou! Desde há umas semanas que, diariamente, consigo cheirar durante uns largos minutos. E pareço (re)descobrir um novo mundo.

Quando sinto um cheiro que gosto não consigo parar de o perseguir, de tentar sorvê-lo mais e mais, acontece com o café, com o chá (antes nem gostava do cheiro sequer), de perfumes frescos, do gel de banho, enfim, sempre que há um cheirinho bom é ver-me maravilhada.

Sinto-me um cão de caça.

Dia 3 (desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/ )

De novo... esqueci-me do contador da cozinha. Mas se dissesse quanto tempo gastei acho que iriam pensar que sou porca e não limpo como deve ser.

A casa de banho é pequena e, devido ao tempo, não limpei o tecto nem os azulejos. Toda a casa é húmida e fria e nada ia enxugar, além de que gosto de fazer esse tipo de coisas com janelas abertas (embora esta divisão não tenha janelas) e à noite não dá muito jeito. Tirei tudo da banheira, meti detergente num pano e cá vai disto, tinha sido limpa há pouco tempo e não demorou nada. Seguiu-se o bidé, que teve direito a uma só passagem com pano húmido para tirar algum pó ou coisa que o valha porque aquilo não é utilizado. Detergente com lixivia na sanita enquanto limpava o móvel, findo o móvel, comecei no lavatório e lembrei-me que preciso de comprar Viakal e desmontar a torneira. Limpei o espelho. Limpei a sanita e lavei o chão, que enxugou umas 4 horas depois. Acrescento que não limpei apenas o interior das louças, ficou tudo limpinho por fora também. Acho que demorei 15 minutos e, pelo meio, atendi uma chamada.

Feito.

 

Hoje vou cumprir o dia de folga. Religiosamente.

Dia 2 (desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/ )

Eu quero, a sério que quero, mas a vida troca-me as voltas e eu tenho que adaptar-me. Não limpei o escritório, não limpei o quarto do miúdo (está doente e adiei) mas dediquei-me à cozinha.

A ideia inicial foi agarrar num contador de cozinha e não largar a cozinha enquanto aquilo não tocasse mas, claro, não correu bem assim. Porque:

1) estava doente de sono - não tinha dormido na noite anterior

2) distraio-me durante as tarefas

Definitivamente não sou uma pessoa focada.

 

Comecei pela louça do jantar, lavei tudo e enxuguei logo para não ficar a ocupar espaço na bancada. O armário onde guardo a louça fica ao lado da mesa de refeição, na sala, e dirigi-me lá para arrumar. Pousei as coisas na mesa para distribuí-las pelos sítios e reparei que a toalha tinha migalhas. Sacudi a toalha, vi mais migalhas atrás da mesa, varri as migalhas. Quando varri, encontrei uma pilha que pertencia ao comando e resolvi logo a questão - deixá-la onde pertencia. E dobrei as mantas do sofá. Voltei à cozinha.

Limpei a bancada, o fogão e meti detergente nas portas dos armários (adoro sopa mas o raio da panela de pressão suja as portas com o vapor...) . Deixei atuar e limpei. Ficaram catitas. Resolvi experimentar o detergente nos azulejos da cozinha. Dez minutos e algumas asneiras depois vi que não tinha sido uma boa opção... Limpei tudo novamente com limpa-vidros e até me posso maquilhar lá.  Passei para o caixote do lixo. Pano húmido e detergente, nem demorou dois minutos. Passei para o móvel da tralha, só para o tampo (o resto ficará para outra altura) e limpei. Depois de limpo, olhei para as flores que estavam lá em cima. Aquilo já não eram plantas, só se estivessem mumificadas. Murchas e sem crescer, florir ou morrer de vez há meses. Temos pena. Já foste. Lixo com elas e vasos limpos. Mais vinte minutos nisto. Quando olhei para o relógio só queria dormir. Lavei o chão à pressa e fiz-me a vontade.

Faltaram as janelas e as gavetas de batatas e cebolas. Fica para sábado, durante a tarde.

Dia 1 e 2 (desafio d' http://destralhar.blogs.sapo.pt/ )

Fiz um bocadinho de batota porque fiz um 2 em 1 (só hoje).

 

Mais tarde não será dia de limpar escritório porque não tenho mas passa a ser o dia de limpar em profundidade o quarto do Dinis. Logo assim, à bruta. Duvido que o faça em meia hora, ou sequer numa hora, porque vai haver destralhamento do local em questão, sob pena de não nos conseguirmos mexer se não o fizer.

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